Pressão, sobrecarga e adoecimento com a falta de funcionários no Bradesco

Em São Paulo, trabalhadores têm denunciado ao Sindicato intensas cobranças de metas, incentivo à concorrência dentro do banco e assédio moral.

A falta de funcionários, no Bradesco, tem causado muita pressão, sobrecarga e, consequentemente, adoecimento de bancários, de caixas a gerentes administrativos. Ao Sindicato, os trabalhadores têm denunciado intensas cobranças de metas, incentivo à concorrência dentro do banco e assédio moral. A situação ficou ainda mais dramática após o PDVE (Plano de Desligamento Voluntário Especial), pois os funcionários que o banco alega estar contratando ainda não chegaram às agências.

Os caixas, por exemplo, são obrigados a realizar procedimentos e transações que fogem de suas funções, inclusive atender ao telefone, o que acaba levando a riscos tanto para bancários quanto para clientes. “O fato de atender ao telefone (durante o atendimento) traz um enorme risco para o cliente final, no sentido dele pensar que estamos passando alguma informação quando ele efetua um saque ou um depósito de uma alta quantia em dinheiro”, relata um bancário. “Os supervisores fazem sobrecarga sobre nós e acabamos passando mais tempo no ambiente de trabalho do que na nossa própria casa… E acabamos cedendo à pressão, com medo de perder o emprego”, diz um outro bancário.

A realidade em São Paulo não é diferente do resto do país. O bancário é colocado numa espécie da arena romana. Muitas vezes, devido à situação, isso acaba estimulando assédio moral e conflito entre os próprios companheiros de trabalho.

Com informações do Sindicato dos Bancários de São Paulo

Foto: Mauricio Morais

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