Ato Show marca Dia de Lutas em Pelotas

Nesta terça-feira (5), o Dia de Lutas começou com grande participação do movimento sindical, na Câmara de Vereadores de Pelotas, para acompanhar a sessão ordinária que derrubou o veto da prefeita ao Projeto de Lei que proíbe o depósito de resíduos em Pelotas. Por volta das 17h, no Largo do Mercado Público, os trabalhadores estiveram reunidos para um ato show que, além de apresentações musicais, contou com uma peça de teatro denunciando a troca de favores de deputados da base governista de Temer para aprovar projetos que vão contra o interesse da classe trabalhadora.

O desmonte dos direitos sociais começaram ainda em 2016, quando Temer conseguiu votos suficientes para aprovar a Proposta de Emenda Constitucional que fixa um teto para o orçamento público federal, congelando as verbas para a saúde e educação por 20 anos. Em março de 2017, o projeto de lei que regulamenta a Terceirização irrestrita, em empresas privadas e no serviço público, contou com o apoio de 11 parlamentares gaúchos. Pela nova legislação, passam a valer regras que permitem um pagamento de salário inferior aos trabalhadores terceirizados, sem a devida proteção em caso de acidentes de trabalho e doenças decorrentes da rotina laboral. Hoje, a remuneração média dos terceirizados é cerca de 25% menor do que a dos demais trabalhadores.

Mas os ataques aos trabalhadores não pararam por aí. A Reforma Trabalhista, que passou a vigorar em novembro deste ano, mudou trechos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e prevê pontos que podem ser negociados entre empregadores e empregados e, em caso de acordo coletivo, passarão a ter força de lei. De acordo com as novas regras, a negociação entre empresas e trabalhadores passa a prevalecer sobre a lei em pontos como: flexibilização da jornada, participação nos lucros e resultados, parcelamento das férias, intervalo de almoço, plano de cargos e salários e banco de horas. Outros pontos, como FGTS, salário mínimo, 13º salário, seguro-desemprego, benefícios previdenciários, licença-maternidade, porém, não poderão ser negociados.

Agora, o governo e sua base aliada no Congresso – formada pelas bancadas do boi, da bala e da bíblia -, miram na Reforma da Previdência, colocando em risco o direito à aposentadoria e atingindo em cheio a população mais humilde do país. No ato show desta terça-feira (5), o Levante Popular da Juventude fez uma encenação da atual conjuntura do país, mostrando ao público que somente a união dos trabalhadores pode fazer frente ao momento de retorcessos que estamos vivendo.

Seeb Imprensa Pelotas

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