Contraf-CUT lança linha do tempo de conquistas da categoria bancária
Fique de olho no assédio moral no trabalho
“O trabalhador sai de casa sem saber se vai alcançar as metas impostas pelos bancos, o que leva ao adoecimento, pois vira uma espécie de obsessão. Adoecido, o bancário não consegue crescer na empresa e se torna ‘descartável’ para o banco”, critica Carlos Damarindo, secretário de Saúde e Condições de Trabalho do Sindicato.
O dirigente explica que os bancos não permitem discutir as metas com o trabalhador, para saber se são possíveis de serem alcançadas. Ele reforça que a conduta é recorrente tanto nos bancos públicos quanto privados.
Ranqueamento – Outra prática que configura assédio moral é a conhecida como ranqueamento. Consiste na exposição de um ranking, divulgando publicamente quais bancários estão com melhores e piores performances.
Esse mecanismo é proibido pela Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). A cláusula 37 é clara quanto a isso: “no monitoramento de resultados, os bancos não exporão, publicamente, o ranking individual de seus empregados”.
O texto ainda veda, no parágrafo único da cláusula, a cobrança de resultados por mensagens, no telefone particular do empregado.
“Quando o bancário perceber que está em uma dessas situações, ou observar que alguém ao seu redor passa por isso, deve denunciar ao Sindicato para que possamos apurar o caso. É muito importante também não acreditar apenas nos canais de queixa oficiais do banco”, orienta Damarindo.
Denúncias de assédio moral ou discriminação podem ser feitas por intermédio da ferramenta Assuma o Controle, ou pelo WhatsApp 97593-7749, pelo Twitter e Facebook do Sindicato. O Sindicato oferece, ainda, a cartilha Assuma o controle e vamos mudar esse jogo, que dá outras informações sobre casos de assédio.
Foto: Charlie Balch / Freeimages