Movimento sindical quer retomar diálogo com o Banrisul para finalizar acordo de reestruturação

Desde a mesa de negociação do dia 8 de maio sobre a reestruturação que impacta os atuais e futuros comissionados do Banrisul, a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Banco, entende que é necessário uma minuta completa da proposta final do Banco, uma vez que parte dos itens debatidos ainda não foram devidamente transcritos. Como não houve retorno,  a Comissão, por meio de ofício, solicitou a retomada do diálogo à diretoria do Banrisul, para que seja possível a materialização de uma minuta do Acordo Coletivo de Trabalho.

No ofício, os representantes dos trabalhadores informam que podem haver ajustes a serem feitos para que as duas partes cheguem a um consenso, pois a norma coletiva é complexa e necessita de um aperfeiçoamento contínuo na sua elaboração. “Os negociadores, do Banco e do Sindicato, estão comprometidos com a negociação e devem se esforçar para que a mesma se esgote completamente, ainda que alguns pontos possam permanecer com divergência”, diz o documento.

O documento reforça alguns pontos que devem ser explicitados na proposta e a principal divergência: a necessidade de um reexame das tabelas apresentadas pelo Banco para o pagamento das GFs (Gratificações de Função), para que as mesmas sejam um atrativo para os empregados na construção de suas carreiras dentro da instituição. “Do nosso ponto de vista seria importante que esta tabela procurasse alcançar um patamar mais próximo ao que hoje é praticado como gratificação de função aos empregados que ocupam os cargos objetos do tombamento proposto”, afirma a representação sindical.

O ofício propõe ainda a eliminação dos níveis iniciais da tabela de cargos de confiança (8 horas), para que não ocorra o que denomina-se de cruzamento de tabelas salariais, além de apontar preocupação em relação aos reflexos jurídicos que o acordo pode causar.

Raquel Gil de Oliveira, diretora da Fetrafi-RS, do Sindicato dos Bancários de Pelotas e Região e coordenadora da COE Banrisul, avalia que o documento comprova a vontade do Movimento Sindical de seguir negociando, até chegar a um acordo que contemple os anseios dos banrisulenses e do Banco. “A situação é muito delicada porque envolve o futuro das carreiras, por isso precisa ser conduzida com muita calma e cuidado. Não se trata de pontos eventuais, mas sim de aspectos perenes, que irão impactar nas carreiras. Mas acreditamos que é possível construir algo que possa ser levado à apreciação dos colegas em assembleias, que seja construído respeitando toda a dedicação dos banrisulenses para com o Banrisul”. 

Leia o ofício

Fonte: Fetrafi-RS, com edição do Seebpel

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