Em 2021, estes 33 deputados estaduais votaram SIM para a PEC 280 e alteraram a constituição gaúcha. Desde então, a população não precisa mais ser ouvida caso o governo do estado queira privatizar empresas públicas. Hoje, para vender o Banrisul, a Corsan e a Procergs bastam 28 votos na Assembleia Legislativa, ou seja, maioria simples.

Agora, estes mesmos(as) deputados(as) são candidatos(as) nesta eleição. Ou querem migrar para a Câmara Federal ou tentam a reeleição para a Assembleia. Caso sejam reeleitos(as), são eles(as) mesmos(as) que decidirão sobre o futuro das empresas gaúchas.

Banrisul pode deixar o RS

A venda do Banrisul representa uma perda incalculável para o nosso estado. O banco faz girar anualmente bilhões de reais em ativos, créditos para pequenos e médios empresários, agronegócio, setor imobiliário, folhas de pagamento dos municípios, além dos milhões que entram no caixa único do governo e que são diretamente investidos no desenvolvimento do Rio Grande.

É desastroso para um estado em crise perder uma empresa lucrativa como o banco, com mais de 10 mil funcionários e 5 milhões de clientes. Como banco público, o Banrisul chega onde bancos privados não têm interesse em chegar. Há 117 municípios gaúchos onde o Banrisul é o único banco.

Para além da importância econômica inquestionável, o Banrisul está ligado à própria identidade do Rio Grande do Sul e dos gaúchos. Grenal, Expointer, Festa da Uva, Festa do Morango, Acampamento Farroupilha. Nesses 94 anos, a marca do Banrisul está presente na vida de todos os gaúchos e gaúchas. Consegue imaginar o Rio Grande do Sul sem o Banrisul? A partir do ano que vem isso é possível. Dependerá tão somente de uma decisão do governador do estado e 28 votos na Assembleia Legislativa e estará feito: o Banrisul deixará de ser gaúcho.

Fonte: Imprensa SindBancários, com edição SEEB Pelotas e Região