Permissão para “expediente interno”, nos bancos, mostra fragilidade da Prefeitura em controlar crise sanitária

Na tarde de ontem, quinta-feira (10), a população de Pelotas tomou conhecimento da perda de mais quatro vidas em decorrência da Covid-19. O decreto da Prefeitura, que entrou em vigor às 19h, de ontem, e se estende até a próxima terça-feira, às 6h da manhã, se mostra frágil, uma vez que não toma uma posição firme no enfrentamento da crise sanitária. Desde o início da Pandemia, a pressão do empresariado local tem falado mais alto do que as ponderações dos epidemiologistas da Universidade Federal de Pelotas (UFPel).

No segundo turno das eleições municipais, a nota técnica da UFPel foi classificada como “política”, pela prefeita Paula Mascarenhas (PSDB), ao passo que as pressões do poder econômico e as flexibilizações que resultaram da influência dos empresários, em nenhum momento, sofreram qualquer tipo de classificação semelhante. Da mesma forma, a mudança de atitude do governo, com o afrouxamento das medidas de segurança, durante o período eleitoral, não sofreu qualquer tipo de autocrítica por parte de Executivo municipal.

Conforme noticiado pelo Sindicato, ontem, o próprio decreto da Prefeitura deixa brechas, em seu artigo segundo, para que a iniciativa privada decida o que seriam “atividades que não possam ser interrompidas”, para “funcionamento de portas fechas”, com convocação de funcionários para trabalharem, mesmo enquanto a determinação estiver em vigor.

A falta de uma postura mais firme, por parte da Prefeitura, ocorre em um período de caos na saúde do município, diante de um quadro em que não se tem mais leitos vagos de UTI e no qual o aumento no número de casos tem sido diário. Ao todo, Pelotas já contabiliza 11.740 infectados e 208 óbitos decorrentes da contaminação pela doença.

Redação: Eduardo Menezes/Seeb Pelotas

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