Santander: queremos tarifa zero!

Na primeira rodada da negociação para renovação do acordo específico com o banco, representantes cobram desoneração para os funcionários

Representantes dos funcionários do Santander se reuniram na terça-feira (3/3), com representantes do banco para a primeira etapa da negociação da renovação do acordo específico de trabalho. Após a entrega da minuta, elaborada com base na consulta realizada aos bancários em janeiro e fevereiro, foram discutidas as cláusulas do novo acordo.

Uma das prioridades colocadas em pauta foi a isenção total de tarifas para os trabalhadores do Santander, incluída na cláusula 7ª da minuta apresentada nesta terça. A dirigente sindical Maria Rosani, coordenadora da COE, lembra que em 2019, o banco lucrou R$ 18 bilhões apenas com tarifas – valor equivalente a duas vezes a folha de pagamento, incluindo a PLR.

“Para os trabalhadores, é muito necessária e justa esta isenção. Com atuação em mais de 120 países, só no Brasil os empregados do banco são obrigados a pagar tarifas, mesmo sendo responsáveis por 28% do lucro global. Não tem qualquer justificativa para uma negativa a esta demanda, que já vem sendo discutida há 20 anos”, completou.

Os funcionários reivindicam tarifa zero de manutenção da conta corrente. Mundialmente, os únicos trabalhadores do Santander que pagam tarifa de manutenção de conta são os trabalhadores do Brasil. O país representa 28% do lucro global do banco. É o maior lucro do mundo.

Somada à isenção de tarifas, os bancários cobraram também a preservação de direitos já garantidos no acordo atual, assim como a ampliação de novas garantias.

Outro ponto de entrave na negociação foi a questão do reajuste do Programa de Participação dos Resultados do Santander (PPRS). Os trabalhadores propuseram que a correção precisa refletir o mesmo aumento do lucro do banco, que cresceu mais de 100% nos últimos 5 anos, ao passo que a PPRS teve reajuste de apenas 20%.

Também foi discutido na reunião o financiamento, por parte do Santander, da capacitação profissional dos seus quadros. Foi reivindicado que, uma vez que o banco exige certificações Anbima de seus funcionários, a empresa deve ressarcir ao menos duas vezes o valor da inscrição caso o bancário seja reprovado.

A reunião foi interrompida ao final da tarde de ontem (3/3), e retomada nesta quarta-feira (4/3), pela manhã.

Com informações do SPBancários e do SindBancários – edição Seeb Imprensa Pelotas

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