Contraf-CUT entrega nova proposta para a Cassi ao banco

Comissão de Empresa cobra retorno da mesa de negociação com os associados

“Apresentamos mais uma proposta das entidades sindicais que mostra que há caminhos possíveis para se buscar a sustentabilidade da Cassi sem onerar os menores salários. É preciso ampliar a responsabilidade e o compromisso financeiro do BB, garantindo a proporcionalidade contributiva estatutária, sem retirar direitos nem reduzir a participação dos associados na gestão. Queremos negociar e isso está claro desde a primeira mesa. O banco precisa retomar a mesa de negociação sobre a Cassi”, disse Wagner Nascimento, coordenador da CEBB, órgão que auxilia a Contraf-CUT nas relações com os funcionários e nas negociações com o banco.

Em junho, após a posse da nova diretoria eleita para a Cassi, o banco se retirou da mesa de negociação específica e informou que as discussões passariam a se dar apenas no âmbito interno da Cassi e, desrespeitando o rito negocial, apresentou uma proposta que prevê aumento da coparticipação do associado em exames e consultas; tenta se livrar do dependente cônjuge da ativa que passa para a aposentadoria; tenta criar novas diretorias e implementar o voto de minerva a favor do banco diretamente à diretoria executiva da Cassi.

A governança da Cassi, a partir da proposta do banco, fez uma contraproposta que também retira direitos dos associados. É esta a proposta que o diretor e o conselheiro eleitos querem levar ao corpo social para votação, em um ato de traição aos seus eleitores.

Manutenção dos direitos
A proposta da Contraf-CUT e do movimento sindical vem no sentido de garantias e manutenção de direitos. O documento preserva o princípio da solidariedade, segundo o qual os associados contribuem de forma proporcional ao salário, independentemente da idade ou condição de saúde; defende a manutenção da Cassi sob o comando dos representantes dos associados, sendo gerida de forma paritária; dentre outros pontos.

Quanto à questão financeira, o documento propõe uma receita operacional nova de R$ 862,5 milhões/ano – o que representa R$ 4,3 bilhões entre 2019-23 – para reequilibrar liquidez e margem de solvência, fazer os investimentos necessários e ampliar o modelo assistencial. Esta verba viria de um aditivo ao Memorando de Entendimentos, definindo 1,5% para o corpo social, que corresponderia R$ 345 milhões para os associados ao ano, ou seja, R$ 1,725 bilhão de 2019 a 2023; e 1,5 vezes este valor a ser pago pelo banco, representando R$ 517 milhões ao ano, o que dá R$ 2,587 bilhões no mesmo período. Esta alteração sustenta a mesma metodologia contábil e legal que o banco construiu em 2016, inclusive dentro dos parâmetros da CVM695, e coloca de lado a resolução 23 da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR), que tanto o banco quanto a chapa Mais Cassi querem impor para os associados.

Este remodelo do aporte possibilitaria inclusive o crescimento em 10% ao ano na rede de cobertura da Estratégia Saúde da Família (ESF), alcançando 300 mil associados em 2023. Além disso, a condição para se reavaliar os sistemas de custeio, gestão e saúde da Cassi como o próprio modelo assistencial com uma cobertura mais robusta em funcionamento, permitirão decisões mais acertadas e com temporalidades mais adequadas a partir de 2024.

Leia o documento na íntegra.

Fonte: Contraf-CUT

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