Sindicato dos Bancários de Pelotas e Região convoca categoria a se somar em ações que auxiliem no combate à fome da população em situação de vulnerabilidade social

Parte integrante do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan), o Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável de Pelotas (Comsea) teve eleição para o biênio 2024-2025, na última quinta-feira (7). Com o objetivo de promover a articulação entre a sociedade civil e o poder público municipal, o Conselho contribui na construção de ações voltadas à segurança alimentar e nutricional que sejam capazes de garantir o direito humano à alimentação adequada.

Representante da Associação dos Docentes da Universidade Católica de Pelotas (ADUCPel), Tiago Nunes, que, hoje, também compõe o grupo responsável pela rede de comercialização do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), em Pelotas – Armazém do Campo -, ressalta que foram mais de 10 anos de luta para a criação do Comsea no município.

“O Conselho foi instaurado no ano de 2020, em plena Pandemia, e desde então tem cumprido um papel de fiscalização, de controle e de promoção das políticas de segurança e de soberania alimentar. Nesse contexto atual, ele acaba ganhando um papel de destaque, devido à retomada das políticas públicas de combate à fome e de segurança alimentar que estão sendo promovidas pelo Governo Federal”, explica. Thiago chama a atenção, ainda, para a necessidade de participação – e protagonismo – da sociedade civil e dos movimentos sociais, neste espaço de discussão, sobretudo no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), no Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) e na política municipal de segurança alimentar.

Ações de combate à fome

Participando da votação do Comsea e incentivador das ações e políticas que caminhem no sentido de erradiar a fome, no país, o Sindicato dos Bancários de Pelotas e Região vem promovendo ações solidárias, nos últimos anos, devido ao entendimento da atual gestão de que é preciso, ao menos, amenizar o sofrimento de quem se encontra em situação de vilnerabilidade social.

“Durante os últimos anos o Sindicato precisou atuar, em conjunto com a categoria bancária, de forma paliativa, ajudando aqueles que passam fome. Fizemos isso através de ações solidárias pontuais, de doação de alimentos, cobertores e refeições, mas entendemos que estas ações precisam ser voltadas para o combate a fome de forma integral pelo Estado, através de políticas que já deram certo, no passado, e nos tiraram do mapa da fome. Por este motivo contribuímos com a eleição para o Comsea, neste momento, como eleitores, mas, seguiremos atuando em parceria com as entidades que o compõe visando intensificar as ações nesta área”, ressalta o diretor de Comunicação e Cultura do Sindicato dos Bancários de Pelotas e Região, Lucas da Cunha.

Para ilustrar o que evidencia o dirigente sindical, basta lembrar que, no final do mês de agosto, o governo Lula lançou o Plano Brasil Sem Fome, cujo objetivo é tirar o país do Mapa da Fome até o ano de 2030. Tendo retornado à categoria de país em situação crônica de falta de alimento, durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, o Brasil apresentava 33 milhões de pessoas em situação de insegurança alimentar grave, no ano de 2022.

Redação: Eduardo Menezes – SEEB Pelotas e Região