Negociação do Saúde Caixa continua nesta quinta (22) e conta com participação do diretor Lucas da Cunha

A representação dos empregados da Caixa Econômica Federal, formada pelo Comando Nacional dos Bancários e a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, voltou a se reunir com o banco, na última quinta-feira (16), desta vez na capital paulista, para continuar a discutir soluções ao Saúde Caixa, o plano de saúde das empregadas e empregados.

As negociações vêm se intensificando desde o dia 29 de junho. Só em novembro, ocorreram três rodadas, com a participação da coordenação do Comando Nacional dos Bancários. Segundo últimas apurações apresentadas pelo banco, o plano de saúde acumula déficit de R$ 422 milhões em 2023 e a projeção, para 2024, é de cerca de R$ 660 milhões.

Desde 2004, o acordo coletivo do Saúde Caixa mantém cláusula que estabelece que, em caso de saldo deficitário, ao final de cada ano, o banco e os titulares serão chamados a arcar com o saldo negativo. Como o estatuto da Caixa, alterado em 2017, estabelece que o banco não pode gastar mais de 6,5% da folha de pagamento com o plano de saúde, e este limite já foi atingido, o ônus total dos déficits recairiam sobre os trabalhadores.

Conforme explica o diretor do Sindicato, Lucas da Cunha, foram realizados diversos debates com os bancários da Caixa, da região Sul, em especial da base dos Sindicatos de Pelotas e Rio grande, nas últimas semanas. O diretor relata que, nesta empreitada, foi possvel conversar com mais de 100 bancários e todos foram unanimes de que qualquer negociação com a Caixa prescinde da transparência nos dados financeiros sobre o plano e a necessidade de que a Caixa retire o teto de 6,5,% da folha de pagamento.

“Os colegas têm reclamado, ainda, sobre a qualidade do Plano, em especial relacionada à Rede Credenciada, que é deficitária no interior do país. O Saúde Caixa é muito bom na teoria, mas, na prática, não atende todos os colegas de forma igual pelo país. Nas capitais é um cenário, mas, no interior, é outro bem diferente”, avalia Lucas.

O diretor do Sindicato afirma, também, que os bancários da Caixa têm demonstrando disposição para lutar pela manutenção do plano de saúde, no modelo atual, e são contra qualquer aumento significativo na cobrança das mensalidades. “Muitos colegas estariam dispostos a pagar mais se tivessem uma qualidade melhor no atendimento, mas, ainda sim, isso tem um limite, pois entendem que o plano de saúde é uma obrigação da empresa para com seus empregados, considerando, também, que há um adoecimento causado pela própria empresa”.

Lucas estará participando da reunião desta quarta-feira, dia 22, em Brasilia, representando a Fetrafi RS. O diretor dos Bancários de Pelotas e Região estará substituindo Sabrina Muniz, que é a representante da Federação na Comissão dos Empregados da CAIXA, que está afastada por motivos de saúde.

“Espero que a Caixa apresente uma melhor proposta do que a apresentada na última reunião do dia 16, porque, até o momento, os colegas têm rechaçado todas as propostas sugeridas pela Caixa. Essas propostas oneram muito os empregados e não preveem um aumento de contribuição por parte da Caixa. Estou levando para Brasilia diversas demandas e considerações dos colegas e esperamos que a Caixa possa avaliá-las”, conclui.

Informações da Contraf-CUT, com edição do SEEB Pelotas e Região

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