Banrisulenses querem a suspensão do PCFS e debate paritário

Durante plenária na noite da última quinta-feira (18/05), o Comando Nacional dos Banrisulenses informou à base que vai exigir a suspensão do novo Plano de Cargos, Funções e Salários (PCFS) por 150 dias, além da criação de uma comissão paritária para debater os termos da proposta. O documento, elaborado unilateralmente pelo Banco, é complexo, confuso e cheio de “armadilhas”, que subtraem direitos adquiridos ao longo da história de luta da categoria bancária. 

Raquel Gil, diretora do Sindicato dos Bancários de Pelotas e Região e, também, da Fetrafi/RS, que é membro do Comando, aposta em um recuo do Banco em relação ao PCFS, uma vez que o MPT deixou claro que eles estão gerando um passivo trabalhista ao impor a migração para o novo modelo. “Nosso objetivo não é somente garantir a manutenção dos direitos para os antigos, mas estendê-los aos novos, porque não se pode admitir pessoas realizando as mesmas tarefas e ganhando salários diferentes”, enfatizou.

O aspecto mais grave da nova proposta de PCFS apontado pelo Comando é uma cláusula do Termo de Adesão em que o(a) empregado(a) renuncia ao Regulamento de Pessoal no qual está enquadrado e que lhe assegura uma série de direitos conquistados pelo Movimento Sindical. Para se ter uma ideia, o antigo Regulamento tem 27 páginas, enquanto o atual tem apenas cinco.

Pode-se dizer, em resumo, que vários aspectos da nova proposta de PCFS ferem o princípio da isonomia, por isso a orientação do Comando Nacional dos Banrisulenses é de que bancários e bancárias NÃO MIGREM para o novo PCFS, NÃO ACEITEM PRESSÃO para migrar e DENUNCIEM caso estejam sendo pressionados. Quem já migrou, pode voltar atrás. De acordo com números fornecidos pela direção do Banrisul em reunião com o MPT, dos 8.100 aptos a migrar, somente 1.996 disseram SIM, sendo que 56 voltaram atrás. Esse cenário mostra, conforme análise do Comando, que os(as) trabalhadores(as) não estão seguros para dar um passo tão importante em suas carreiras. 

Durante a plenária foi realizada uma enquete com a seguinte pergunta: “Você viu, vivenciou ou ouviu relatos de pressão para a migração, por parte do Banco?”. O resultado apontou para 55% SIM e 45% NÃO. A grande maioria dos quase 300 participantes da plenária participou do levantamento. 

Próxima reunião com o MPT para tratar do assunto está agendada para o dia 1º de junho e o Comando vai seguir firme pedindo a suspensão do novo PCFS. 

Texto: Maricélia Pinheiro/Verdeperto Comunicação, com edição SEEB Pelotas e Região

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