Contraf-CUT lança linha do tempo de conquistas da categoria bancária
Bancos fecham 3.051 postos de trabalho só em outubro
No acumulado dos dez primeiros meses de 2019, já são 6.379 empregos a menos na categoria bancária
Mesmo com o lucro nas alturas, sempre crescente, os bancos brasileiros cortaram 3.051 postos de trabalho apenas em outubro. De acordo com os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), no acumulado dos dez primeiros meses de 2019 já são 6.379 empregos a menos na categoria bancária. Nos meses de setembro e outubro, os bancos intensificaram de forma intensa os cortes de postos de trabalho.
A irresponsabilidade social destas empresas acarreta a perda de bancários, que estão cada vez mais sobrecarregados e adoecidos, a perda de clientes, que ficam com o atendimento precarizado e ainda prejudica o país, que já possui a taxa de desemprego elevada. Cada vez menos bancários atendem cada vez mais clientes. E o quadro tende a piorar caso os bancos apliquem a MP 905, que, além de aumentar a jornada para oito horas, permite o trabalho aos sábados, domingos e feriados.
Rotatividade
Além de maximizar lucros com cortes de postos de trabalho, os bancos “ganham” com a rotatividade no setor. Segundo o Caged, em outubro, o salário médio dos bancários que ingressaram no setor (R$ 4.414) corresponde a apenas 60% do que recebiam em média os trabalhadores desligados (R$ 7.389).
Desigualdade de gênero
O Caged revela ainda a desigualdade de gênero no setor bancário. As mulheres que ingressaram no setor em outubro receberam, em média, R$ 3.386, o que equivale a 78% do que receberam, em média, os homens contratados (R$ 6.340).
Essa desigualdade também é constatada nos desligamentos. Bancárias que deixaram os bancos em outubro recebiam, em média, R$ 6.340, 75% do que recebiam os homens desligados no mesmo período.
Com informações Seeb São Paulo e FEEB Paraná