Quatro deputados gaúchos traem os trabalhadores e votam a favor da reforma da Previdência

Em votação realizada na tarde desta quinta-feira (3) na Comissão Especial da Câmara dos Deputados, o texto-base do relator Samuel Moreira (PSDB-SP), da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 006/2019, foi aprovado por 36 votos favoráveis e 13 contrários.

A proposta mantém medidas prejudiciais da proposta do governo Bolsonaro, como o fim da aposentadoria por tempo de contribuição e a obrigatoriedade da idade mínima de 62 anos (mulheres), com 15 anos de contribuição e 65 anos (homens), com 20 anos de contribuição. Para se aposentar com benefício

Quatro deputados gaúchos traíram os trabalhadores e votaram a favor da reforma da Previdência. São eles:

– Daniel Trzeciak – PSDB
– Darcisio Perondi – MDB
– Giovani Cherini – PL
– Marcelo Moraes – PTB

“É uma pouca vergonha a aprovação da reforma da Previdência na Comissão Especial, depois de uma campanha mentirosa da mídia comprada pelo mercado financeiro. Esses quatro deputados, assim como os seus partidos, não disseram que votariam contra os trabalhadores, quando vieram pedir votos nas eleições do ano passado”, afirma o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo.

“Cabe lembrar que nenhum trabalhador votou pelo fim da sua aposentadoria, muito menos para receber benefícios menores ou trabalhar até morrer. Cada pessoa tem direito a ter uma velhice com dignidade e não passar fome nos últimos dias da sua vida”, explica.

“Temos que denunciar esses deputados que envergonham os gaúchos nas suas bases eleitorais e cobrar uma posição dos prefeitos e dos vereadores, que os apoiaram, e dos seus cabos eleitorais. No ano que vem haverá novo pleito municipal e esses traidores do povo não passarão de lombo liso”, salienta.

Políticos e partidos não são todos iguais

No entanto, dois deputados gaúchos votaram contra a reforma da Previdência, comprovando que estão em sintonia com a defesa dos trabalhadores. São eles:

– Heitor Schuch – PSB
– Henrique Fontana – PT

Henrique e Heitor (2)

“Os votos desses dois parlamentares mostram que os políticos e os partidos não são todos iguais e submissos aos interesses que estão por trás da reforma da Previdência”, salienta Nespolo. “Temos que separar o joio do trigo, resgatar a boa política e participar de partidos comprometidos com os trabalhadores”, observou.

Mobilização

O presidente da CUT-RS destaca que nada ainda está decidido. A proposta não foi votada no plenário da Câmara, onde requer para ser aprovada 308 votos favoráveis em dois turnos de votação. “Vamos continuar pressionando os deputados, para que votem contra essa reforma desumana, cruel e perversa”, ressaltou.

“A greve geral de 14 de junho, que envolveu mais de 45 milhões de trabalhadores, provou que é possível lutar contra o fim da aposentadoria”, concluiu.

Fonte: CUT-RS

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