Contando com a adesão da categoria, os bancos públicos e privados, de Pelotas, não abriram suas portas para o atendimento ao público. Um dos fatores que contribuíram para o não funcionamento dos bancos, nesse importante dia de paralisação, foi a dificuldade de deslocamento. Com o transporte público parado, muitos trabalhadores não conseguiram chegar até os seus locais de trabalho.

A mobilização, em Pelotas, foi grande. Além da paralisação no transporte coletivo e do fechamento dos bancos, as escolas das redes pública e estadual, os serviços da rede municipal e as instituições de ensino federal também tiveram suas atividades totalmente, ou parcialmente, suspensas. A paralisação realizada nos bancos localizados na região central da cidade se estendeu para os bairros. As agências do BB e Banrisul, no Fragata; do Santander, Bradesco e Itáu, nas Três Vendas; e do Banrisul, no Areal, também amanheceram de portas fechadas.

Na avaliação dos dirigentes do Sindicato, o país passa por um momento delicado, no qual a população, gradativamente, vem começando a compreender o que implica não só a aprovação da reforma da Previdência, mas também a privatização das empresas públicas, incluindo o Banrisul, a Caixa e o Banco do Brasil. A ameaça de cortes na educação, a redução dos investimentos na saúde e em programas sociais, e o impacto da reforma trabalhista no aumento do desemprego, fazem parte de um projeto, em comum, que teve início com o golpe jurídico-midiático impetrado contra a presidente Dilma Rousseff. Apoiado pelo atual presidente da República, o plano de redução do Estado, com a retirada de direitos constitucionais, começa a mostrar sua verdadeira face. As revelações das reportagens publicadas pelo site The Intercept evidenciam a prisão política do ex-presidente Lula e prometem trazer à tona toda a verdade sobre a operação Lava-Jato.