Agências do Santander permaneceram fechadas no sábado

Banco tem forçado a abertura com pedidos de interditos proibitórios e aparato policial

Pelo quarto sábado consecutivo, sindicatos dos bancários de todo o país protestaram contra a tentativa do banco Santander abrir 29 de suas agências aos sábados. Mais uma vez, as agências permaneceram fechadas neste último sábado (25).

O banco tem forçado a abertura das agências, com a utilização de meios jurídicos para impedir a ação sindical. Mas, as agências ficam às moscas, apenas com os empregados ‘voluntários’, que logo são dispensados pela chefia por não ter o que fazerem. Para impedir a ação dos sindicatos, o banco tem entrado com pedido de interdito proibitório, um instrumento processual criado durante a ditadura militar, que visa proteger a posse de um bem, móvel ou imóvel, contra ações que molestem, dificultem, ou impeçam o exercício do direito de posse deste bem.

Os dirigentes têm permanecido na frente das agências para esclarecer os funcionários “voluntários” sobre os riscos aos quais ficam expostos ao trabalhar “voluntariamente” para seu próprio empregador aos sábados e informar a população sobre as tarifas e juros cobrados pelo banco.

Taxas e tarifas

A legislação brasileira proíbe a atividade bancária aos sábados, domingos e feriados. O banco espanhol tem usado a desculpa de que se trata de “trabalho voluntário” e que não há funcionamento da agência, mas apenas ‘orientação financeira’. Mas não existe trabalho voluntário para o próprio empregador. Isso tem outro nome. Além disso, se o banco quer ajudar a população a reduzir seu endividamento, teria que começar com a redução de suas taxas e tarifas. O banco cobra muito mais dos brasileiros do que dos clientes de sua sede na Espanha e de outros países.  Nas ruas e nas redes

As ações dos sindicatos continuam ganhando as redes sociais. Utilizando a hashtag #SantanderSábadoNão, bancários postam fotos das atividades em frente às agências e explicam o porquê do banco não poder abrir aos sábados. Além de denunciar que o “voluntariado” é forçado e que existem segundas intenções na “orientação” que o banco quer dar.

Com informações da Contraf-CUT

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