Nova cara da Assembleia gaúcha: renovada e mais favorável a privatizações

Qual é a cara da nova Assembleia Legislativa que toma posse na próxima sexta-feira (1º)? À primeira vista, parece mais renovada do que nunca. Dos 55 eleitos, 28 não estavam lá no início de 2015. Há 10 com menos de 40 anos, com a bancada da juventude sendo puxada por Giuseppe Riesgo (Novo), 23 anos, que sequer era nascido quando a retornante Luciana Genro (PSOL) assumiu uma cadeira com a mesma idade em 1995.

Contudo, como diz o jargão, as aparências enganam. A média de idade da nova legislatura é de 49,2 anos, acima dos 47,4 dos deputados que ingressavam em 2014. Na última legislatura, a renovação também fora maior, 30 nomes assumiam um mandato sem terem sido reeleitos. Dezoito dos eleitos já ocuparam mandato eletivo ou cargo de alto escalão na política. São ex-prefeitos, ex-vereadores, ex-deputados-federais e ex-secretários. Novatos mesmo na política, apenas 10.

Para além da idade e da experiência, há uma mudança de composição na Assembleia gaúcha. São 17 os partidos representados na Casa, dois a mais do que na última legislatura. Um deles, o Novo, sequer existia em 2014. O PSL, dos campeões de voto Tenente-Coronel Zucco e Ruy Irigaray, empossa quatro deputados, quando não tinha nenhum. Na mesma chapa, o DEM garantiu o seu retorno à Casa com dois deputados. Podemos e Solidariedade também estreiam, enquanto PCdoB, PV e PPL perdem suas cadeiras — a Rede e o PSC chegaram a ter bancadas, mas ao final do período já não contavam com representação na AL-RS.

O que não muda, infelizmente, é a composição racial da Assembleia. Dos eleitos em 2014, apenas Mário Jardel se declarava pardo. Esse número caiu para zero quando ele foi cassado. Na atual, apenas o pastor Airton Lima se declara pardo. Quanto ao número de mulheres, houve um pequeno avanço: de sete para nove.

Fonte: Sul21
 

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