17ª Plenária Estadual da CUT-RS encerra com unidade e aprovação do Plano de Lutas
A 17ª Plenária Estadual da CUT-RS chegou ao fim na manhã do último sábado (23), após dois dias de intensos debates, apresentações e construção coletiva em torno dos rumos da luta sindical no Rio Grande do Sul. Realizado em Porto Alegre, o encontro reuniu delegadas e delegados de diversas categorias, dirigentes sindicais, convidados e representantes de entidades nacionais e internacionais, resultando em um saldo positivo de mobilização e definição de prioridades para o próximo período. Os delegados e delegadas irão representar o RS na 17ª Plenária Nacional da CUT. Os diretores do Sindicato dos Bancários de Pelotas e Região, Aline Nolasco, Emerson Botelho e Paulo Fouchy, participaram da plenária.
Mística
As atividades começaram com uma mística de abertura que resgatou a força da organização coletiva e a história das lutas da classe trabalhadora. Os dirigentes do Coletivo de Formação da CUT-RS fizeram um caminhada pelo centro de eventos com cartazes e correntes, representando a opressão que afeta a classe trabalhadora e soberania nacional.
Esse momento simbólico reforçou a importância da resistência e da solidariedade diante dos desafios sociais, econômicos e políticos enfrentados no Brasil e no mundo.
Debate sobre os desafios da classe trabalhadora
Em seguida, foi realizada a mesa de debate sobre “Os desafios políticos e organizativos da classe trabalhadora”, do superintendente regional do Trabalho, Claudir Nespolo e o representante da CUT Nacional, Quintino Severo O senador Paulo Paim não pode comparecer presencialmente, mas enviou um material em vídeo com uma fala A mesa de abertura foi coordenada pelo secretário de Administração e Finanças da CUT-RS, Antônio Güntzel, e pela secretária de Combate ao Racismo, Isis Garcia. O representante da CUT-Nacional Quintino Severo e o Superintendente Regional do Trabalhdo, Claudir Nespolo também fizeram parte da mesa.
Nespolo destacou a importância das políticas públicas como o bolsa Família, e a qualificação profissional. Durante sua fala ele também ressaltou o trabalho do governo federal na defesa pelos direitos trabalhistas. Gerson Loricardo fez fala. Quintino Severo saudou a organização da Plenária da CUT-RS.
O presidente da CUT Nacional, Sérgio Nobre destacou, em vídeo enviado, o papel histórico da CUT na defesa dos direitos trabalhistas e na luta pela democracia, ressaltando que o movimento sindical deve se preparar para os novos cenários que se apresentam no país. O senador Paulo Paim trouxe uma análise sobre os retrocessos recentes na legislação trabalhista e previdenciária, reforçando a necessidade de articulação entre sindicatos, parlamentares e movimentos sociais.
Após as falas, a coordenação abriu um espaço para os delegados debaterem e tirarem dúvidas com os convidados. “O sindicato precisa estar ligado à sua base, para combater e lutar pelos direitos. É preciso defender os trabalhadores” pontuou a coordenadora da plenária e secretária geral da CUT-RS, Silvana Piroli, durante sua fala no debate.
“Esse é o momento da categoria se observar. Quais são os desafios e estratégias da classe para o período atual? Estamos com uma oportunidade única, podemos dar uma invertida no capital e na extrema-direita. Mas isso exige a presença ativa dos trabalhadores nessa luta.” pontuou o presidente da Central, Amarildo Cenci.
Reconhecimento e valorização do serviço público
Durante o evento, a CUT-RS,prestou homenagem aos servidores e servidoras da MTE-Superintendência Regional do Trabalho do RS pela coragem na busca da justiça, da proteção dos trabalhadores e da dignidade humana. O momento foi marcado pela entrega da placa de homenagem ao Superintendente Regional do Trabalho, Claudir Nespolo, que representou a entidade.
A CUT-RS reconhece a importância do trabalho feito pelo governo e reafirma o nosso compromisso junto na luta. Durante o momento, o presidente da Central, também fez o pedido da crianção de uma medida de apoio aos trabalhadores afetados pelo tarifaço do Trump, com a entrega de um documento oficializando essa demanda.
Construção do Plano de Lutas da CUT-RS
Um dos momentos centrais da Plenária foi a apresentação e o debate do Plano de Lutas da CUT-RS, conduzido pelo presidente da central, Amarildo Cenci. O documento foi construído de forma coletiva, a partir de propostas das delegações.
A mesa foi coordenada pela secretária de Formação, Helenir Schurer, e pelo dirigente Marcelo Carlini, que destacaram a relevância de transformar as propostas em ações concretas no cotidiano sindical. Delegadas e delegados apresentaram contribuições e sugestões, ampliando o debate e reforçando a legitimidade das resoluções aprovadas. O plano de lutas foi aprovado com unanimidade pelos delegados e delegadas.
Recomposição da Direção Estadual
Outro ponto de pauta foi a recomposição da Direção Estadual da CUT-RS, coordenada pela secretária-geral da central e coordenadora da 17ª Plenária, Silvana Piroli, e pelo vice-presidente da CUT-RS, Emerson Gimenez. O processo garantiu a ampliação da representação das categorias e o equilíbrio regional dentro da direção da central, fortalecendo a unidade da entidade.
Rumo à Plenária Nacional
A etapa estadual é também preparatória para a 17ª Plenária Nacional da CUT – João Batista Gomes (Joãozinho), que será realizada de 14 a 16 de outubro, reunindo dirigentes sindicais de todo o país para atualizar a estratégia da Central diante dos novos desafios impostos à classe trabalhadora. Os delegados escolhidos neste sábado (23), irão representar o RS na Plenária Nacional.
Encerramento e perspectivas
No encerramento, a avaliação geral foi de que a 17ª Plenária cumpriu seu papel de mobilizar a militância sindical, atualizar a agenda política e reforçar o compromisso com a classe trabalhadora gaúcha. Após dois dias de intenso trabalho, ficou reafirmada a necessidade de unidade, resistência e ousadia na construção de alternativas para enfrentar os ataques aos direitos sociais e trabalhistas.
A 17ª Plenária Estadual da CUT-RS é resultado do trabalho incansável da comissão organizadora, dos trabalhadores e trabalhadoras, dos sindicatos filiados e dos delegados e delegadas que, juntos, constroem uma Central Única dos Trabalhadores forte, combativa e comprometida com a defesa da classe trabalhadora.
Fonte: CUT-RS