Banco Mercantil registra 11º recorde consecutivo de lucro trimestral, mas produtividade precisa ser acompanhada de valorização dos trabalhadores

O Banco Mercantil do Brasil (BMB) registrou no 2º semestre de 2025 um Lucro Líquido Contábil de R$ 483,3 milhões, crescimento de 39,8% em comparação ao mesmo período de 2024, quando alcançou R$ 345,8 milhões. No trimestre, o lucro líquido avançou 1,0%, passando de R$ 240,5 milhões no 1º trimestre para R$ 242,8 milhões no 2º trimestre. Este é o 11º recorde consecutivo de lucro trimestral da instituição.

O resultado foi impulsionado pelo aumento nas receitas das operações de crédito (+44,8%) e no resultado com títulos e valores mobiliários (+122,5%), parcialmente compensado pelo crescimento de 72,8% nas despesas de captação no mercado. A rentabilidade sobre o patrimônio líquido (ROE) alcançou 46,0%, alta de 8,4 pontos percentuais em 12 meses.

Os ativos totais do BMB cresceram 36,3% em relação a junho de 2024 e 9,8% no trimestre, atingindo R$ 29,8 bilhões. O patrimônio líquido chegou a R$ 2,1 bilhões (+14,8% em 12 meses e +9,0% no trimestre).

A carteira de crédito, que representa 69,9% dos ativos, somou R$ 19,3 bilhões (+24,5% em 12 meses). O crédito consignado se destacou com alta de 35%, seguido do crédito pessoal (+28%). A inadimplência acima de 90 dias ficou em 2,3%, 0,3 p.p. acima do registrado um ano antes. As despesas com provisões para perda esperada somaram R$ 130,6 milhões (+5,2% em 12 meses e +20,4% no trimestre, devido à reclassificação de carteira após a entrada em vigor da Resolução CMN nº 4.966/21).

As receitas de prestação de serviços totalizaram R$ 206,7 milhões (+22,5% em 12 meses). Já as despesas de pessoal, considerando o pagamento da PLR, chegaram a R$ 182,9 milhões (+20,1%). Com isso, a cobertura das despesas de pessoal pelas receitas de serviços ficou em 113,0% no período.

O BMB encerrou junho de 2025 com 3.600 trabalhadores, entre empregados e estagiários, aumento de 208 postos em relação ao ano anterior. Também foram abertas 17 unidades no período, totalizando 321 pontos de atendimento. A base de clientes cresceu em 600 mil no ano, chegando a 9,1 milhões. O banco informou ainda que 80% das operações de crédito foram originadas nos canais digitais.

Para o coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Mercantil, Vanderci Antônio da Silva, os números reforçam a importância de garantir que o crescimento do banco se traduza em melhorias concretas para os trabalhadores. “O resultado expressivo do Mercantil, com 11 trimestres consecutivos de recorde de lucro, mostra que a produtividade e a atuação da categoria são fundamentais para o desempenho do banco. É essencial que esse crescimento seja acompanhado de valorização, melhores condições de trabalho e investimentos na carreira dos empregados.”

Fonte: Contraf-CUT

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