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Em acordo, Santander se compromete com boas práticas nas relações de trabalho e fim da perseguição sindical
Em acordo no Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc), Banco Santander compromete-se a estabelecer boas práticas nas relações de trabalho e o fim da perseguição sindical. A conciliação envolveu a Federação dos Trabalhadores em Instituições Financeiras (Fetrafi/RS) e o Sindicato dos Bancários do Rio Grande (SEEBRG). A negociação se estendeu por três audiências e pôs fim à ação civil coletiva que cobrava mudanças.
Embora não reconheça o assédio ou as práticas antissindicais, a instituição financeira concordou com a gravidade dos temas, comprometendo-se a avaliar internamente possíveis mudanças nas práticas e o acompanhamento pontual de casos denunciados recentemente. A mediadora-chefe do Cejusc, Joana Cruz Kucharski, destaca a existência de um acordo de cooperação do Santander com o Tribunal Superior do Trabalho (TST) e o Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-RS) para ampliar a conciliação trabalhista.
O movimento sindical acompanha continuamente as condições de trabalho dos bancários e bancárias, especialmente atento aos bancos privados, que apresentam casos mais acentuados de assédio e fragilidade na relação de trabalho por parte dos trabalhadores.
Caso no Rio Grande
Embora Pelotas e Rio Grande sejam bases sindicais diferentes, o Santander opera com uma gerência regional que interfere em ambas bases. Desta forma, em fevereiro de 2025, o Sindicato dos Bancários de Pelotas e Região (SEEBPel) participou de ato em frente à agência do Santander localizada no centro do Rio Grande. Na ocasião, foram denunciadas práticas antissindicais, incluindo perseguição a dirigentes sindicais, a burocratização dos atendimentos aos clientes e o assédio moral aos trabalhadores e trabalhadoras. Desde então, o SEEBPel manteve-se atento acompanhando o caso até a resolução com o acordo no Cejusc.
Durante o ato, a diretora do SEEBPel e da Fetrafi-RS, Raquel Gil de Oliveira, alertou que as consequências das ações do banco vão além do ambiente de trabalho. “O assédio sofrido pelos bancários acaba afetando toda a sociedade. Porque esse assédio força os funcionários a venderem produtos que muitas vezes nem são satisfatórios aos seus clientes”, apontou Raquel. “É importante que os bancos reconheçam que essa questão existe e parem, porque toda sociedade está sofrendo psicologicamente com o assédio dos banqueiros”, complementou.
Denuncie
Está enfrentando um caso de assédio, perseguição, ou qualquer outro tipo de conduta que não seja condizente com um ambiente seguro e digno de trabalho? Acesse o canal de denúncias da Fetrafi-RS e denuncie anonimamente. Caso prefira, entre em contato diretamente com o Sindicato pelos números (53) 32254066 / (53) 981250596 (WhatsApp) ou pelo e-mail [email protected].