Greve histórica nacional na Caixa completa 36 anos

Os empregados da Caixa, que atuavam em 1985, em plena ditadura militar (1964-1985), fizeram história na conquista de melhorias para a categoria. Em uma greve nacional que completou 36 anos, no dia 30 de outubro, os trabalhadores do banco público cruzaram os braços para reivindicar a jornada de seis horas e o direito à sindicalização, garantias importantes que prevalecem até hoje.

Chamados de economiários, os trabalhadores da Caixa na época tinham jornada de trabalho de 8 horas diárias, sem nenhum vínculo a sindicatos, diferente de outros bancários. A categoria então passou a se mobilizar, e no primeiro Conecef (Congresso Nacional dos Empregados da Caixa), realizado em 20 de outubro de 1985, em Brasília (DF), foi deliberada a realização da primeira greve nacional, que obteve a mudança da jornada e o direito à sindicalização.

A paralisação contou com adesão de quase 100% das agências da instituição financeira, se tornando um marco no processo de organização dos trabalhadores para lutar por melhores condições e em defesa da Caixa pública. O legado histórico deixado vai além dos dois direitos conquistados, já que promoveu o fortalecimento das associações e sindicatos para a conquista de outros benefícios.

Graças à pressão realizada pelos empregados, o Congresso Nacional aprovou o projeto de lei 4.111-4, que estabelecia a jornada de seis horas diárias para os bancários da Caixa, e logo depois sancionada pelo então presidente José Sarney. O ato histórico serve também para que os atuais trabalhadores do banco público resistam e estejam engajados na luta contra os ataques promovidos pelo atual governo. 

Fonte: Sindicato dos Bancários da Bahia (SBBA)

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