Nesta sexta-feira, dia seis de dezembro, o Sindicato recebeu uma denúncia sobre o excesso de clientes na Agência da Caixa, localizada na rua General Neto, em Pelotas. Em horário de pico, apenas dois funcionários encontravam-se no local para atender uma grande demanda de serviço. Segundo relatos, a rotina faz com que, muitas vezes, os bancários fiquem até mesmo sem horário para o almoço. “Essa é uma situação que costuma se repetir, todo início de mês, quando existe o aumento da demanda de atendimento”, ressalta o diretor Sérgio Seus.

Enquanto o setor de vendas, localizado no andar superior, conta com um número razoável de funcionários para as demandas destinadas ao setor de negócios, como aplicações, empréstimos, seguros e financiamentos, o piso inferior, onde encontram-se os funcionários que suprem a demanda do atendimento destinado aos benefícios sociais, como bolsa-família e o saque imediato do FGTS, não possui o número mínimo de bancários necessários para atender, dignamente, esta parcela da população.

“Justamente nesse momento em que o país atravessa uma profunda crise financeira, com aumento da precarização do trabalho, da informalidade e do desemprego em massa, o setor que deveria receber mais atenção por parte do banco está abandonado, sobrecarregando os funcionários e prejudicando de forma severa a população mais carente”, afirma Rafael Silva, diretor do Sindicato.

O problema, conforme explica o diretor Luis Diogo, está sendo provocado pela política de desmonte do banco, que tem lançado seguidos programas de demissão voluntária, sem recompor o quadro de funcionários. “São milhares de trabalhadores que deixaram abertos os seus postos de trabalho, desde 2014, sem a preocupação da Caixa em abrir concursos para suprir a essa demanda que se criou de funcionários”. 

Imprensa Seeb Pelotas