Casa do Trabalhador realiza evento de encerramento de pesquisa histórica
Após um ano de pesquisas e resgate histórico, o projeto de reconstrução da memória da Casa do Trabalhador chegou ao fim, mas deixa um legado que promete continuar. O encerramento será celebrado na próxima segunda-feira (21), com uma programação especial, incluindo exposição de banners, apresentação musical e a atração teatral protagonizada pelo próprio organizador e pesquisador do projeto, Lóri Nelson Nogueira Dias.
“O objetivo era simples: durante um ano, fizemos uma pesquisa sobre a casa para publicar um jornal de quatro páginas. Isso foi feito, e agora encerramos com um evento que também lança novas ideias”, explica Lóri, jornalista responsável pela iniciativa desde a idealização até a execução e publicação do Jornal Liga Operária. “É um símbolo de pertencimento para a classe trabalhadora, sustentado por pesquisas e documentos que mostram sua trajetória desde a Liga Operária. O projeto atual reabriu as portas da casa, resgatando sua memória e estimulando novas ações essenciais para a política e a cultura trabalhista”, complementa.
O evento contará com uma exposição de banners que contam a trajetória do projeto ao longo dos últimos meses. Além disso, os participantes receberão brindes como camisetas e canecas. O evento conta, ainda, com a apresentação do músico Nuno Moura. A recepção teatral será feita pelo palhaço Bolaxa, personagem que Lóri faz há 18 anos.
De acordo com o organizador, além de celebrar o encerramento, o evento marcará o lançamento de um novo projeto: os “Encontros da Casa”, rodas de conversa mensais que devem trazer debates sobre cultura, história e política, iniciando em agosto.
Casa reaberta e resgate histórico
A Casa do Trabalhador estava fechada antes do início do projeto, mas a movimentação em torno da pesquisa ajudou em sua reabertura. Desde então, já foram realizados alguns eventos no local, incluindo o Dia do Patrimônio, a Pré-Conferência Municipal de Saúde do Trabalhador, um show de Pedro Munhoz e a celebração do Primeiro de Maio. “Quando começamos, não esperávamos que a casa fosse reabrir, mas o projeto foi tão forte que conseguimos. Agora, ela está de portas abertas novamente”, comemora Lori.
Além disso, a pesquisa revelou que a história da casa é mais antiga do que muitos imaginavam. “Tinha gente que achava que a casa tinha 80 anos, mas descobrimos que são 136 anos de atividades, desde a Liga Operária (1889). A população sempre chamou esse lugar de Casa do Trabalhador, e isso mostra um sentimento de pertencimento muito forte”, finalizou Lóri. A recuperação recente reabriu as portas da casa, resgatando sua memória e estimulando novas ações, como o jornal lançado em maio, e estabelecendo o local como símbolo da classe trabalhadora.
Redação: Vitor Valente/Seebpel
Foto: Simone Goulart