Maiores bancos continuam demitindo os funcionários

Independentemente do saldo de empregos no setor bancário ter sido positivo em outubro, em decorrência da geração de 1.012 vagas, os quatro maiores bancos do país seguem demitindo. O bom resultado para o mês é atribuído às contratações que a Caixa foi obrigada a fazer após decisão judicial favorável aos aprovados no concurso público de 2014.

Se excluir os dados da estatal, as empresas teriam fechado 44 postos de trabalho em outubro. Além disso, na categoria bancos múltiplos com carteira comercial (BB, Itaú, Bradesco e Santander) foram extintas 77 vagas de trabalho no mês e 1.441 nos últimos 12 meses.

Dados do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) sinalizam a criação de 5.121 postos de trabalho de janeiro a outubro. Porém, o total se deve, especialmente pelas contratações na Caixa e ampliação de vagas não ligados diretamente às áreas mais tradicionais dos serviços bancários, como os de profissionais de TI, em grande maioria, terceirizados.

Na prática, os bancos continuam desligando os funcionários nas agências físicas e, consequentemente, aumentando a sobrecarga, adoecendo os bancários e o atendimento presencial da população fica em segundo plano. Os bancos contratam trabalhadores sem os direitos da categoria, pois não têm a cobertura da Convenção Coletiva de Trabalho. Precarização e ganância.

Rotatividade

Para economizar ainda mais, como fazem com a contratação de terceirizados, os bancos ganham muito com a rotatividade. Em setembro, o salário mensal médio de um bancário admitido foi de R$ 5.014,59, enquanto o do desligado foi de R$ 5.207,72. O recém contratado entra ganhando 96,3% do que ganhava o empregado demitido. 

Fonte: Sindicato dos Bancários da Bahia (SBBA)

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