Sindicato atua nas agências do Bradesco em Pelotas

A situação enfrentada pelos funcionários das agências do Bradesco, em Pelotas, devido à reestruturação, é caótica. Conforme apurado pelo Sindicato, o cenário é desumano e se torna ainda mais grave devido ao momento de Pandemia que o país ainda está atravessando.

Funcionários sem horário para o almoço, sobrecarga de trabalho, assédio moral por metas abusivas e filas gerando aglomeração, mesmo com os protocolos sanitários para a prevenção da Covid-19 fazem parte da rotina de trabalho dos empregados do Bradesco, que, em muitos casos, estão adoecendo e pedindo demissão. Para se ter uma ideia, somente no dia de ontem, três funcionários da agência 0387 (Centro) foram exonerados.

Em vista desta situação, ainda nesta terça-feira, dia 28 de setembro, a direção do Sindicato enviou ofícios para a Fetrafi-RS, a Contraf-CUT e as Relações Sindicais do Bradesco relatando tudo o que está acontecendo e procurando auxílio para uma resolução imediata dos problemas.

Confira a íntegra do ofício enviado pelo Sindicato às Relações Sindicais do Bradesco, para a Fetrafi e para a Contraf-CUT

Pelotas, 28 de setembro de 2021

O Sindicato dos Bancários de Pelotas e Região vem, por meio deste ofício, comunicar a grave situação que está sendo enfrentada pelos funcionários do Bradesco, da nossa base, solicitando auxílio para que possamos solucionar os problemas de forma imediata.

Conforme apurado pelo Sindicato, tão logo teve início o processo de reestruturação do Bradesco, os funcionários do banco passaram a sofrer os impactos das demissões na prestação do serviço. Horários de abertura foram alterados impactando diretamente no atendimento ao público, com sobrecarga de trabalho e aumento do público, gerando o agravante das recorrentes aglomerações. Para se compreender este cenário basta verificar a seguinte situação: a Agência localizada nas Três Vendas abre suas portas apenas 2 horas por dia (das 9h30min às 12h); a Agência 3097 virou unidade de negócios, não tendo expediente ao público; a Agência 7195 fechou suas portas, fazendo com que os clientes migrassem para a 387; e a Agência 387 tem procurado fazer o esforço de atender o público em geral das outras agências.

A forma como foi executado o processo de reestruturação, em Pelotas, portanto, tem gerado casos gravíssimos de abusos no âmbito das relações de trabalho. Os funcionários do banco estão sem almoço, todos os dias da semana, e só conseguem realizar sua refeição após o fechamento da agência. Além disso, faltam funcionários, em todos os setores, acarretando uma sobrecarga trabalho jamais vista. Nesse contexto, o assédio moral por abusivas metas tornou-se uma prática permanente. No autoatendimento, tem se formado filas enormes, causando um problema sanitário sem precedentes, devido ao momento atual que o país atravessa por conta da crise sanitária. Nas filas, além de idosos, encontram-se crianças e pessoas com alguma deficiência, o que torna a situação ainda mais delicada. Como se não bastasse, os empréstimos, que estão sendo realizados em terceirizadas (Casas Bahia, Lojas Colombo e outras), e são encaminhadas para saque na Agência 387, tem provocado ainda mais aglomeração nesta agência.

Toda essa situação tem provocado muitos adoecimentos e pedidos de demissão, uma vez que o trabalho se torna desumano. Vale ressaltar que a superlotação tem proporcionado um atendimento totalmente precário e um clima de revolta por parte dos clientes e usuários, que chegam a passar até três horas esperando para serem atendidos.

Confira o vídeo com o relato do diretor Sérgio Seus, que é funcionário do Bradesco:

Redação: Eduardo Menezes – SEEB Pelotas e Região

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