Aumento do lucro da Caixa é impulsionado pela venda de ações do banco

A Caixa Econômica Federal anunciou, nesta última quinta-feira (19), lucro líquido de R$ 10,8 bilhões, no 1º semestre de 2021, com crescimento de 93,4% em relação ao mesmo período em 2020. O resultado foi impactado, principalmente, pela política de desinvestimento implementada pela gestão do banco como a venda de ações da Caixa Seguridade (R$ 3,3 bilhões) e do Banco Pan (R$ 1,9 bilhão). O lucro do banco, desconsiderando esses eventos não recorrentes, foi de R$ 6,3 bilhões. A rentabilidade sobre o patrimônio líquido do banco (ROE) ficou em 19,01% com redução de 2,47 pontos percentuais.

“Os destaques do resultado impulsionado pela venda de ativos demonstram a redução do papel social do banco público e a política de desmonte da atual gestão da instituição, que é o de privatizar a Caixa aos pedaços. Mais uma vez, se faz necessário reforçar a importância da Caixa para o Brasil e para os brasileiros. O banco público foi imprescindível em sua atuação durante toda a pandemia e seu alcance chega aonde os bancos privados passam longe. Sabemos que por traz dos números estão os esforços dos empregados do banco público, que se desdobram para dar conta de atender milhões de brasileiros. O resultado mostra a importância do banco para as políticas públicas e para o desenvolvimento do país”, avaliou o presidente da Fenae, Sergio Takemoto.

Patrimônio à venda 

Em coletiva de imprensa para anunciar o resultado do balanço da Caixa, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, disse que parte do resultado vem do desinvestimento em ativos que, segundo ele, não são estratégicos para o banco. O atual governo prevê ainda a privatização de outras áreas estratégicas e rentáveis da estatal.

“Estes recursos que o Pedro Guimarães diz que não são estratégicos ao banco, a curto ou a médio prazo, podem fazer falta trazendo prejuízos pra toda a sociedade. É lamentável constatar o esforço do governo federal para o enfraquecimento do patrimônio público, com uma postura completamente avessa ao forte papel social que a Caixa representa para o Brasil”, disse a coordenadora do CEE/Caixa, Fabiana Uehara. 

Fonte: Fenae, com edição SEEB Pelotas e Região

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