Variantes da Covid19 são mais transmissíveis que cepa identificada no início da Pandemia

Diante da negação da transmissibilidade da Covid-19 do atual governo brasileiro, e da demora do início do calendário de vacinação no Brasil, culminando em um número estarrecedor de mortes por Covid-19, o surgimento de novas variantes, responsáveis por aumento de gravidade e transmissão, preocupa especialistas. 

A médica infectologista de Brasília, Joana Darc Gonçalves, ressalta que surge um risco de complicação com o aparecimento de novas cepas, uma vez que a disseminação da variante Delta do coronavírus no Brasil, por exemplo, está mais rápida que a cepa identificada no início da pandemia.

De acordo com a infectologista, a variante Delta é extremamente transmissível, em alguns países já é responsável por mais de 90% dos casos de infecção. “Certamente teremos um aumento do número de casos pois ainda são poucos os imunizados e muita gente com apenas uma dose da vacina, o que não garante proteção total. Quanto mais tarde vacinarmos totalmente a população, maior o risco de seleção, mutações virais, que podem ser responsáveis por escape imunológico. Quanto maior o número de infectados, mais chance de novas variantes de preocupação, como é o caso da variante P1 – Gama”, explicou.

Segundo Joana, os testes para diagnóstico precisam ser renovados a cada variante. “As mutações podem comprometer o diagnóstico molecular e os painéis devem ser ajustados. Por isso, a importância dos centros de vigilância Genômica, para as orientações quanto as mutações”, afirmou. 

Pesquisas apontam que a proteção contra novas cepas só ocorre com a segunda dose. A vacinação avança timidamente no Brasil, atingindo 23,85% de brasileiros vacinados com as duas doses da vacina contra a Covid-19. 

Fonte: Fenae, com edição SEEB Pelotas e Região

Imagem: SEEB Pelotas e Região

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