Audiência comprova a importância do Banrisul permanecer público

A votação suspeita que aprovou em primeiro turno a PEC 280/2019, no plenário da Assembleia Legislativa, repercutiu na vida escolar. E o foco passou a ser o governo de Eduardo Leite (PSDB) e a pandemia.

Na votação da terça-feira, 27/4, uma das condições impostas por deputados da base para votar a favor da PEC 280/2019 foi rebaixar a bandeira de preta para vermelha e conseguir os 33 votos necessários para aprovar a PEC em primeiro turno, mesmo que, para isso, leve os estudantes, de todas as séries, a voltarem às aulas mesmo diante do alto número de mortos e de contaminados em decorrência da contaminação pela Covid-19.

Foi em função deste cenário que a Comissão de Educação Cultura Desporto Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa chamou audiência pública para tratar do tema na sexta-feira (30), tendo como proponentes os deputados Sofia Cavedon e Fernando Marroni, ambos do PT.

Sofia citou a consulta pública realizada pela prefeitura de Canoas entre a quarta e a quinta-feira e que mostrou que os pais são contra ao retorno às aulas sem que os(as) professores(as) sejam vacinados(as). A consulta pública mostrou que 75,27% dos participantes eram da opinião de que as aulas da rede pública municipal só deveriam voltar a serem presenciais quando os professores estivessem vacinados.

A diretora da Fetrafi-RS, Denise Falkenberg Corrêa, que esteve representando a categoria bancária fez a referência da importância das empresas públicas para os serviços públicos como a saúde e a educação. “Privatizar é um grande erro histórico. E vai cobrar seu preço. O que cobra preço, é esse assalto á democracia. A vida não vai ser o que ela era. Vamos precisar reconstruir a economia a vida social depois dessa pandemia. E para reconstruir, vamos precisar de empresas e estados fortes”, salientou Denise.

Outra importante figura para a história do Banrisul na Audiência Pública foi o ex-presidente do Conselho de Administração do Banrisul e ex-secretário de Finanças do Estado Odir Tonollier. Ele recordou o contexto histórico em que o Banrisul surgiu no rastro de uma revolução. Na Revolução de 1923, os revoltosos reivindicavam jornada de oito horas de trabalho, voto feminino e um banco público. O banco público chegou em 1928 pela mão do então governador gaúcho Getúlio Vargas.

“Não consigo imaginar. Está vendendo parte da história do estad. A história do Rio Grande do Sul, no último século, se confunde com a história do Banrisul. A ideia de banco púbico surgiu na Revolução de 1923. Os revolucionários queriam o voto feminino, jornada de trabalho de 8h e um banco público e mais democracia. E conseguiram. No final da década, o Banrisul foi formado nesse movimento político pelo Getúlio Vargas”, contou Tonollier.

Confira a Audiência na íntegra:

Fonte: Imprensa SindBancários, com edição SEEB Pelotas e Região

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