Pela primeira vez, RS supera 100% de ocupação de leitos de UTI

O painel de monitoramento do coronavírus do governo do Estado informava, às 14h desta última terça-feira (2), que o Rio Grande do Sul estava com 100,1% de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Isto é, tinha 2.812 pacientes para uma capacidade oficial de 2.808. É a primeira vez que o sistema de saúde do Estado, público e privado, atinge a capacidade total de internação em terapia intensiva desde o início da pandemia de covid-19.

Dos 2.812 pacientes, 1.750 já testaram positivo para covid-19 e outros 211 estão sob suspeita de contaminação, totalizando 1.961, o que significa que 62% dos pacientes em UTI estão relacionados com o vírus.

Em coletiva de imprensa, na segunda-feira (1º), o governador Eduardo Leite informou que o número de leitos de UTI da rede pública de saúde do Estado subiu de 933, antes da pandemia, para 2.109, uma alta de 126% no período — os 2.808 leitos informados no painel incluem a rede privada.

A lotação total das UTIs foi atingida em meio à disparada de internações por covid-19 que vem sendo acentuada há duas semanas. No dia 19 de fevereiro, o RS superou pela primeira vez a marca de 1.000 pacientes de covid internados em UTI, alcançando 1.035. Os 1.750 desta terça-feira representam um aumento de 69% em 11 dias.

Uma taxa de ocupação geral de UTIs no Estado acima de 90% já é considerado o nível mais grave da fase 4 do plano de contingência hospitalar do governo do Estado para o enfrentamento da covid-19. Na fase 4, que foi acionada quando o Estado superou 3 mil internações em leitos clínicos e de UTI com suspeita de covid-19, o governo previa o decreto de estado de emergência hospitalar, a suspensão de todas as cirurgias eletivas, ocupar todas as áreas ociosas de hospitais, acionar hospitais e requisitar todos os leitos SUS.

O plano previa acionar o nível C, o mais alto da fase 4, quando taxa de ocupação geral do Estado superasse 90%. Nesse caso, a determinação é operacionalizar todo o aparato hospitalar para atendimentos da covid-19, transformar salas de recuperação de bloco cirúrgico em leitos emergenciais e ocupar todas as áreas disponíveis e convocar equipes extras.

Fonte: Sul 21, com edição SEEB Pelotas

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