Metas continuam desumanas e assediadoras na Caixa

Após intensa cobrança da Comissão Executiva dos Empregados (CEE), a Caixa reduziu algumas metas. Houve reivindicação para redução da meta na mesa de negociação, mas a Caixa não atendeu aos empregados. A resposta veio apenas nesse mês, com a redução dos objetivos das curvas de metas do Conquiste de fevereiro e março, mas ainda não é o bastante. “Essa redução que a direção da Caixa fez agora não é suficiente. As metas continuam desumanas, além do forte assédio aos empregados”, reforçou a coordenadora da Comissão, Fabiana Uehara Proscholdt.

Para o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Sergio Takemoto, a Caixa deveria ter mais sensibilidade para com os seus empregados. “É inacreditável que num momento em que os empregados estão sendo exemplo de dedicação, a direção da Caixa imponha metas. A meta da direção Caixa deveria ser preservar vidas dos empregados e da população”, avaliou.

Outra empregada revelou que as metas chegam a ser inatingíveis. “A impressão que temos é que sabem que não vamos conseguir bater a meta. Ninguém aguenta mais”, afirmou.

Os empregados têm denunciado ainda o assédio por parte do banco. Uma empregada contou do medo que passa. “Estamos com medo de postar qualquer coisa. Medo das sanções administrativas, de demissão por justa causa, e de não incorporar”, afirmou.

Em outro tuite, um empregado comenta da falta de respeito também com a população, que está sofrendo com a pandemia e o desemprego. “Com pandemia e crise econômica, além da morte de colegas, a Caixa obriga a vender cartões, créditos, previdência, produtos para uma população que está sofrendo com desemprego e crise econômica”, revelou.

A falta de trabalhadores nas unidades também foi um tema citado pelos empregados. O quadro de pessoal teve uma queda de 19 mil empregados, e apesar das quase 500 contratações previstas, está longe de repor o número. “A Caixa precisa fazer mais contratações e não impor metas desumanas aos seus empregados. Vamos fortalecer os Sindicatos, lutar contra este governo entreguista e recuperar os 100 mil para o Brasil”, avaliou um manifestante.

Em alguns estados houve também a manifestação presencial, com algumas visitas às agências. Em São Paulo, a Apcef e o Sindicado dos Bancários têm realizado atividades com paralisações parciais nas agências que sediam as Superintendência Executiva de Varejo (SEV) para denunciar a atitude da direção da Caixa de impor metas inatingíveis, com cobranças abusivas.

Segundo o presidente da Apcef e membro da CEE/Caixa, Leonardo Quadros, para cumprir as metas impostas, os empregados têm se exposto mais, muitas vezes abrindo mão do rodízio, e o resultado tem sido o aumento no número de contaminações e de falecimentos de nossos colegas. “A responsabilidade por este quadro é do presidente e dos vice-presidente a do banco. O VP Paulo Ângelo estabeleceu diversas ferramentas de monitoramento e cobrança dos resultados (que são praticamente inalcançáveis), mas o acompanhamento das medidas de proteção (que tem sido abrandadas), pelo que verificamos, é quase inexistente”, avaliou.

Fonte: Fenae

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