“Disseminação da Covid-19 é resultado do fracasso nas políticas de distanciamento social e vacinação em massa”, afirma pesquisadora da UFPel

A chegada de uma nova onda da Pandemia, em todo o Brasil, preocupa. No Rio Grande do Sul e, especificamente, em Pelotas, não têm sido diferente. Os surtos registrados em escolas e Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs), do município, servem de alerta para as ondas de contaminação que, segundo especialistas, têm se mostrado cada vez mais graves.

“A Covid-19 se manifesta em ondas. Ocorre uma onda de alta disseminação e contágio, a gente cumpre algumas medidas de restrição, passa, e vem uma nova onda”, explica a doutora Danise Senna Oliveira, que é pesquisadora da Universidade Federal de Pelotas (UFPel).

Outro fator a se considerar, segundo Danise, é a questão da sazonalidade. “Os vírus respiratórios circulam, primeiro, no início do ano, nas regiões norte e nordeste, e depois nas regiões mais ao Sul”, revela. Conforme relatado por Danise, o vírus que prevaleceu, durante a Pandemia, foi a Covid-19. “O problema é que esta segunda onda veio muito forte e, para piorar, associada ao total fracasso das autoridades em conseguir instituir as medidas de distanciamento social, da mesma forma que não se conseguiu a vacinação em massa, rapidamente”, critica.

Diante do atual contexto, a pesquisadora da UFPel é taxativa ao afirmar que para barrar a nova onda de contaminação seria preciso uma tomada de posição, em todos os níveis governamentais, de modo a compreender a gravidade da situação. “É preciso instituir medidas para evitar aglomerações, propondo distanciamento social e vacinação em massa, com maior rapidez”, afirma.

Na tarde de ontem, segunda-feira (22), Pelotas registrou mais uma perda para a Covid-19. Ao todo, já são 365 óbitos em decorrência da contaminação pelo coronavírus no município. Também foram registrados mais 64 casos, chegando a um total de 21.487 contaminados, na cidade, desde março de 2020.

Redação e Arte: Eduardo Menezes – SEEB Pelotas

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