Brasil não deverá ter vacinação antes de fevereiro, diz Fiocruz

Em entrevista à CNN Brasil no último sábado (26), a pesquisadora Margareth Dalcomo, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), alertou para a falta de coordenação do governo Jair Bolsonaro no gerenciamento da crise da covid-19 e afirmou que a instituição prevê que o Brasil não iniciará a vacinação da população antes de fevereiro. “Era necessária uma coordenação mais harmônica e centralizada do governo federal, mas com a anuência e parceria da comunidade acadêmica. Isso não aconteceu e a impressão que nós temos é que antes de fevereiro ninguém deve ser vacinado no Brasil”, lamentou.

Margareth destacou que nenhuma das duas vacinas em estágios mais avançados de pesquisas no Brasil, que são a CoronaVac e a da AstraZeneca, tiveram pedidos de registro junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Então, (a partir de janeiro) elas não poderiam ser utilizadas para vacinar a população brasileira”. O Brasil não aprovou nenhuma vacina até o momento e nenhum fabricante solicitou pedido de registro emergencial ou definitivo à Anvisa.

O Brasil ocupa o terceiro lugar no ranking global de casos de coronavírus (7,4 milhões), atrás de Índia (10,1 milhões) e Estados Unidos (19,2 milhões). O país é também o segundo em quantide de mortes por covid-19, atrás apenas dos EUA.

O Ministério da Saúde ainda não apresentou detalhes do plano de vacinação contra o novo coronavírus. Apenas limitou-se a dizer que a previsão de início é mesmo fevereiro, contrariando pareceres de cientistas e pesquisadores.

Com isso, o Brasil vai ficando para trás na corrida da vacinação contra a covid-19, enquanto assiste a um rápido crescimento dos números de novos casos e de mortes, após dois meses de relativa desaceleração da pandemia.
Países como Reino Unido, Estados Unidos, México, Costa Rica e Chile foram mais ágeis nas negociações e parcerias e já deram início à vacinação contra a covid-19.

Fonte: RBA e Sul21, com edição Seeb Pelotas

Arte: Seeb Pelotas

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