Santander reajusta convênio médico para aposentados e ativos

O Santander anunciou reajuste nos convênios médicos SulAmérica e Unimed, em 17%, para funcionários da ativa e aposentados. No entanto, o banco não aplicou o percentual na data-base (novembro) e agora decidiu cobrar o mês passado e dezembro dos aposentados, totalizando um abusivo aumento de 32%.

“Já são históricos estes aumentos absurdos nos planos de saúde. O reajuste aplicado pelo Santander aos seus trabalhadores, de 17%, já seria um absurdo se cobrado nas condições normais, considerando que seus  trabalhadores não tiveram seus salários reajustados por um percentual próximo deste. Cobramos que o banco não repasse o percentual integral para seus trabalhadores, pois tem aumentado muito o valor que seus trabalhadores pagam”, explica o funcionário do Santander, representante dos gaúchos na COE e secretário executivo do SindBancários, Luiz Cassemiro.

Segundo a dirigente do Sindicato de São Paulo, Lucimara Malaquias, bancária do Santander, os aposentados receberam um comunicado e o boleto reajustado no mesmo dia. “Tanto as operadoras dos planos de saúde quanto o banco tinham totais condições de informar e aplicar o reajuste na data correta. Quem cobra errado ou deixa de fazê-lo não pode somar as cobranças, o que configura abuso. O Sindicato reivindica que o banco reveja imediatamente os descontos aplicados aos aposentados, mas ainda não obteve retorno por parte do Santander”.

Os trabalhadores da ativa também foram informados do aumento de 17% com data-base em novembro, mas o Santander ainda não disse se o reajuste terá a soma dos percentuais de novembro e dezembro. Os Sindicatos cobram há dias uma solução do Santander. O reajuste dos planos de saúde é baseado na inflação médica – muito maior que os índices oficiais de inflação – do período mais a sinistralidade destes planos. Há anos que o movimento sindical cobra que o aumento não seja repassado na totalidade para os trabalhadores.

“O banco alega que já arca com uma parte considerável do convênio, mas ele poderia fazer muito mais. Considerando que estamos em meio a uma crise sanitária e econômica, fica impraticável arcar com um aumento abusivo destes, pois o reajuste da categoria bancária este ano não repôs sequer a inflação”, acrescenta a dirigente, lembrando que os bancos continuam lucrando bilhões mesmo em meio à pandemia.

Fontes: SP Bancários e Imprensa/SindBancários, com edição Seeb Pelotas

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