Judiciário tem determinado reintegração de bancários demitidos na pandemia

Entidades diversas de defesa dos bancários conseguiram vitórias importantes na Justiça trabalhista nos últimos tempos, por meio de liminares que determinaram a reintegração de bancários demitidos durante a pandemia. Um dos principais argumentos considerados nos processos pelos juízes foi o fato de os três maiores bancos privados do país – Bradesco, Itaú e Santander – terem assumido o compromisso público de não demitir no período e feito o contrário do prometido.

O aumento dos desligados motivou a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e o movimento sindical bancário em todo o país a fazerem uma campanha contra as demissões e a denunciar a quebra do compromisso assumido pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), em mesa de negociação com o Comando Nacional Bancário, de não realizar demissões durante a pandemia. 

No Judiciário

Conforme dados da plataforma de processos intitulada Data Lawyer Insights, veiculados em reportagem do jornal Valor Econômico, este ano foram distribuídos 11.087 processos trabalhistas com os termos pandemia e reintegração nas peças iniciais. Do total, 417 foram contra o Santander, 283 contra o Bradesco e 177 contra o Itaú Unibanco. 

Segundo levantamento da Contraf-CUT, o Santander demitiu 1.100 trabalhadores desde junho. “Os números podem ser maiores porque nem todas as demissões são homologadas por sindicatos, desde a entrada em vigor da reforma trabalhista”, afirmou a presidente da Contraf Juvandia Moreira Leite, coordenadora do Comando Nacional dos Bancários. O Itaú Unibanco demitiu 130 funcionários desde setembro e o Bradesco promoveu 566 desligamentos neste mês, informa a confederação.

Fonte: Contraf-CUT, Fenae, com edição Seeb Pelotas

Arte: Seeb Pelotas

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