Prefeitura de Pelotas segue a linha de Bolsonaro e não se pauta por alerta da OMS

Na mesma semana em que a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou a população mundial de que uma provável vacinação, em massa, contra covid-19, só deve se dar em 2022, a Prefeitura de Pelotas anunciou o aumento da flexibilização nas medidas de combate à propagação do vírus na cidade.

Seguindo a mesma linha do Governo Federal, que despreza os alertas de cientistas e não ouve o apelo dos profissionais da área da Saúde, o governo Paula ignora a realidade local, em que o município lidera o ranking das cidades da Zona Sul do Estado com maior índice de contágio e número de óbitos em decorrência da contaminação pelo coronavírus. Somente nesta quarta-feira (14), foram registrados mais 37 casos da doença e um óbito; com esses números, a cidade chega a marca de 4.725 pessoas que testaram positivo para a covid-19 e 142 que perderam a vida para o vírus.

Na avaliação da direção do Sindicato, o alerta dos movimentos sociais, com as manifestações que ocorreram em frente à Prefeitura, e o apelo dos profissionais que atuam na linha de frente do combate à doença, não parecem estar sensibilizando a Prefeitura, sobretudo, agora, durante o período eleitoral. O aumento da flexibilização, no município, preocupa, ainda mais se for levado em consideração que o novo protocolo de segurança – com a classificação de “risco baixo” para o contágio, segundo os critérios do Governo do Estado – passa a expor ainda mais os idosos, que, hoje, ocupam a terceira posição no número de casos confirmados na cidade de Pelotas.

De acordo com o novo decreto, emitido nesta quarta (14), pela prefeita Paula Mascarenhas (PSDB), não haverá mais limitação da gratuidade no transporte coletivo para os idosos; além disso, fica permitida a abertura do comércio aos feriados e domingos. Foram liberados, ainda, o funcionamento dos buffets, nos restaurantes, e de eventos, desde que seguidos os protocolos de segurança.

O recado que a Prefeitura de Pelotas passa à população pelotense, que já tem sido flagrada em recorrentes casos de festas e aglomerações, em bairros como o Laranjal e o Fragata, destoa do comunicado emitido pela OMS. Conforme explicado pelo órgão máximo de saúde em todo o mundo, a população, em geral, deverá esperar até 2022 para que tenha acesso à vacina contra acovid-19, pois, mesmo considerando o avanço da ciência, não haverá capacidade de produção suficiente para abastecer todos os países de imediato.

Diante desse quadro, a prioridade será assegurar que a vacina chegue, primeiramente, aos profissionais da saúde, pessoas que sofram de doenças crônicas e idosos. Somados, esses três grupos não correspondem a 20% da população mundial, que, atualmente, está estimada em torno 7,7 bilhões de seres humanos.

Seeb Imprensa Pelotas

Foto: Michel Corvello

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