Política pública e boas condições de trabalho previnem suicídio

Aumento da pobreza, desemprego, retirada de direitos e falta de política pública em saúde mental aumentam as taxas de transtornos mentais e consequentemente de suicídios, como o caso do trabalhador da Refinaria Landulpho Alves (Rlam), na Bahia, esta semana.

Para o psicólogo clínico, professor universitário e perito judicial trabalhista, Bruno Chapadeiro, as campanhas do Setembro Amarelo, de prevenção e redução dos suicídios que acontece todos os anos no mês de setembro, não tratam do problema no contexto da economia, políticas sociais e saúde pública.

Os “coachings da saúde mental”, diz, preferem pautar o fenômeno do suicídio no campo da saúde como algo individual, cujas tratativas seguem somente pelo autocuidado pessoal, mas dados do Ministério da Saúde mostram que nas localidades em que têm investimentos de políticas públicas em saúde mental têm também menores taxas de suicídio.

O desemprego e a retirada de direitos aumentam as taxas de transtornos mentais e consequentemente os números de suicídios, diz o perito ressaltando que dados oficiais confiram esta afirmação.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada 40 segundos uma pessoa morre por suicídio em algum lugar do planeta e de acordo com o site da campanha, são registrados cerca de 12 mil suicídios todos os anos no Brasil.

Setembro Amarelo

Desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), organiza nacionalmente o Setembro Amarelo, uma campanha brasileira de prevenção e redução dos suicídios.

De acordo com os dados da cartilha “Informando para prevenir”, publicada pela ABP e pelo CFM, 96,8% dos casos de suicídio registrados estão associados com histórico de doenças mentais, que podem ser tratadas. Inclusive a campanha também disponibiliza psiquiatras associados para ajudar a população e no site diz como proceder caso o trabalhador ou a trabalhadora precise de ajuda.

Fonte: CUT, com edição Seeb imprensa Pelotas

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