Fim da greve dos Correios: trabalhadores repudiam decisão do TST

Em assembleia realizada no final da tarde de ontem, terça-feira (22), em Brasília (DF), empregados dos Correios deliberaram por um repúdio coletivo contra a decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) que, na segunda (21), determinou o fim da greve e retirou 50 entre 79 direitos anteriormente conquistados pela categoria por meio do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).

A greve foi deflagrada em 17 de agosto após os Correios suspenderem 70 dos 79 pontos do ACT para 2020/2021. Durante o julgamento de segunda-feira (21), alguns ministros destacaram que a direção se mostrou indisponível para um acordo.

Entre as cláusulas que foram suspensas do ACT por parte dos ministros, os trabalhadores perderam, por exemplo, auxílio-creche, licença-adoção, direito a itens de proteção para contextos de trabalho com baixa umidade relativa do ar, vale-cultura e licença-maternidade de 180 dias. No caso desta última, ela voltará a ser de 120 dias.

A direção da empresa alegou problemas financeiros para a manutenção integral do ACT. No julgamento, os magistrados decidiram ainda que os grevistas precisarão ter metade dos dias de greve descontada no salário.  

Em nota pública, a direção dos Correios disse que a maioria dos grevistas retornou às atividades e que 92,7% do quadro estavam operando.

Foto: Marcelo Camargo /Agência Brasil

Fonte: Brasil de Fato, com edição do Seeb Imprensa Pelotas

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