Sindicato participa de ato em defesa da vida

Na manhã desta sexta-feira (11), representantes de movimentos sociais, entidades sindicais e servidores municipais estiveram mobilizados, em frente à Prefeitura de Pelotas, cobrando políticas públicas que tornem acessível a rede de apoio com atendimento à saúde, de modo a preservar a vida dos trabalhadores que estão atuando na linha de frente do combate à covid-19, no município.

Ato

O ato público, que manteve todas as normas de distanciamento e uso de equipamentos individuais, contou com poucas pessoas, justamente para manter o protocolo de prevenção à doença. O diretor do Sindicato e funcionário do Banrisul, Paulo Fouchy, esteve presente durante o protesto e evidencia a necessidade de que o poder público municipal tome suas decisões pautadas no interesse público. “Estamos cobrando que as decisões relativas aos protocolos adotados para o distanciamento controlado, em Pelotas, se baseiem em critérios de saúde e não políticos e econômicos, tendo como prioridade a vida”, ressaltou o dirigente sindical.

Organizado pelo Comitê Popular de Enfrentamento ao Coronavírus (COMPOVO), o ato público critica o gerenciamento da crise sanitária, no município, cobrando maior atenção da Prefeitura na implementação do sistema de bandeiras. De forma simbólica, os manifestantes utilizaram um canteiro, que fica localizado em frente ao prédio da Prefeitura, para colocar cruzes, conforme o número de vítimas do coronavírus em Pelotas. De acordo com os últimos dados apresentados, a cidade já soma 101 óbitos.

Contágio

Somente o Hospital Escola já conta com mais de 100 servidores contaminados pela covid-19. Além disso, o presidente do Conselho Municipal de Saúde de Pelotas, Luiz Guilherme Belletti, vêm denunciando a propagação do vírus entre pacientes e seus familiares, no âmbito hospitalar, aumentando a propagação do vírus por conta da má administração e gerenciamento da crise mesmo nesses ambientes.

O ato, desta sexta-feira (11), também é um manifesto contra as falácias que têm tomado conta do senso comum, devido a irresponsabilidade do presidente da República ao se pronunciar, publicamente, negando a ciência e as orientações dos órgãos de saúde mundiais; afirmações sobre o vírus “ser letal apenas para pessoas idosas e com comorbidades” deixam, implícito, um descaso com essas vidas e uma total falta de empatia, segundo a servidora pública Cláudia Correia, que é diretora do Sindicato dos Municipários de Pelotas (SIMP). “Essas pessoas, do grupo de risco, não precisariam ter suas vidas ceifadas por essa doença, caso houvesse maior responsabilidade em preservá-las”, denuncia.

Segundo Cláudia, o que está ocorrendo é uma imprudência, por parte dos governantes, na administração da crise sanitária, invertendo prioridades e atendendo, prioritariamente, o interesse dos empresários. É compreensível que o comércio, de certa forma, tenha que funcionar, mas não assim: restringindo os horários de ônibus, que ficam lotados, com passageiros sem proteção. Não é dessa forma que vai se garantir que os trabalhadores exerçam, de maneira segura, suas atividades”, critica.

Seeb Imprensa Pelotas

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