Bolsonaro segura verba para combate à pandemia

Do total autorizado pelo Congresso, governo Bolsonaro só executou 45,5% da verba destinada à saúde pública após

O governo Bolsonaro segue mantendo o Ministério de Saúde sem o total da verba destinada ao enfrentamento da pandemia de coronavírus. Dos R$ 44,8 bilhões autorizados pelo Congresso, o governo só executou R$ 20,33 bilhões até agora (45,5%), passados quase cinco meses do registro do primeiro do caso de coronavírus no Brasil. Do total da verba emergencial, o governo só executou 49,5%, sendo a maior parte no auxílio emergencial de R$ 600. Os dados são do portal Siga Brasil, sistema do Senado Federal para monitoramento do orçamento da União.

O montante investido no auxílio emergencial representa 57,3% de toda a verba para enfrentamento da pandemia executada até agora. Apoio à saúde, manutenção do emprego, apoio à empresas, assistência social, turismo e outras áreas dividem o restantes da verba de enfrentamento ao coronavírus que Bolsonaro vem segurando.

O apoio a estados e municípios, que o ministro da Economia, Paulo Guedes, diz chegar a R$ 150 bilhões, na realidade só teve execução de R$ 57,2 bilhões. Entre os quais, os R$ 20,33 bilhões para a saúde. Esses valores precisam ser encaminhados aos estados e municípios para compra de equipamentos e materiais. Governadores e prefeitos têm reclamado reiteradamente da falta de repasse de verbas e equipamentos pelo Ministério da Saúde.

Necropolítica

Embora Bolsonaro afirme se preocupar com a economia, dois itens destinados a apoiar empresas e evitar a demissão de trabalhadores em meio à pandemia também tiveram pouco investimento da verba autorizada. A concessão de financiamento para o pagamento de folha salarial teve execução de R$ 17 bilhões, dos R$ 34 bilhões autorizados (50%). Já o benefício emergencial de manutenção do emprego e da renda teve apenas R$ 15,9 bilhões gastos, dos 51,6 bilhões destinados (30,9%).

O presidente também vetou a destinação de R$ 8,6 bilhões a estados e municípios, de um fundo do Banco Central, aprovada pelo Congresso.

(Fonte: Siga Brasil)

Fonte: RBA

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

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