Governo do estado e UFPEL assinam convênio para realizar testagem de coronavírus por amostragem

A pesquisa que estimará o percentual da população gaúcha infectada pela Covid-19 deve começar na próxima semana. Durante a realização de uma videoconferência na última sexta-feira, 3, o governador Eduardo Leite disse que as amostragens epidemiológicas sequenciais serão coletadas com apoio de cinco universidades, em um esforço coordenado pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel) em parceria com o Estado. O convênio foi assinado nta sexta.

“Essa testagem vai nos ajudar a entender o perfil da população infectada e em quais regiões a prevalência é maior. Aliados a outros dados, como internação em hospitais em leitos clínicos ou de UTI, os resultados mostrarão a evolução do vírus de forma mais consistente, e não apenas com a confirmação de casos”, explicou Leite. A partir do que for concluído, o governo poderá traçar políticas de distanciamento social e de reforço no atendimento hospitalar em regiões específicas.

Sob a coordenação do reitor da UFPel, Pedro Curi Hallal, o trabalho da epidemiologia da Covid-19 mobiliza um grupo de especialistas de outras quatro universidades federais no Estado – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Universidade Federal de Santa Maria, Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre e Universidade Federal do Pampa.

O Estado já recebeu os testes, que foram enviados para Pelotas. A partir daí, será iniciada a etapa de coleta e de aplicação dos questionários nas regiões previstas pelo estudo, de maneira simultânea. Cada universidade parceira supervisionará uma região pré-determinada. As equipes que farão a testagem já estão em treinamento.

Dos 48,9 mil testes disponibilizados pelo Ministério da Saúde ao estado, 20 mil destinam-se à pesquisa, que ganhou notoriedade nacional e será replicada em outros Estados.

Diante da impossibilidade material de testar a população em geral (atualmente os diagnósticos são realizados em casos de internação), o estudo de prevalência da doença é um mecanismo seguro para estimar o percentual de infectados a partir de testes em pessoas selecionadas.

Os resultados de cada grupo de 4,5 mil entrevistas serão publicados em tempo real, em um prazo de até 48 horas, e divulgados à sociedade.

O estudo é viabilizado com apoio da iniciativa privada. Da capital, há investimento da Unimed Porto Alegre e do Instituto Cultural Floresta. O Instituto Serrapilheira, do Rio de Janeiro, também contribuiu.

A pesquisa

Epidemiologia da Covid-19 no Rio Grande do Sul: estudo de base populacional e validação de testes diagnósticos.

Objetivos principais

• Estimar o percentual de pessoas infectadas no RS através de inquéritos epidemiológicos sequenciais.

• Conhecer a evolução (velocidade) que o coronavírus vem se alastrando.

• Identificar o percentual da população que é assintomática (não manifesta sintomas da doença).

• Auxiliar o governo do Estado e demais organismos na definição das estratégias de enfrentamento da pandemia de Covid-19.

Regiões onde será aplicada

A partir de critérios do perfil populacional (IBGE), a pesquisa de campo ocorrerá em oito regiões intermediárias:

• Caxias do Sul
• Grande Porto Alegre.
• Ijuí
• Passo Fundo
• Pelotas
• Santa Cruz do Sul/Lajeado
• Santa Maria
• Uruguaiana

Número de testes que serão aplicados

• 18 mil testes, divididos em quatro rodadas a serem implementadas com intervalo de duas semanas, com coletas nas residências. A cada etapa, novas pessoas serão diagnosticadas.

Com informações Diário da Manhã

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