Congresso e centrais veem fragilidades para trabalhador em MP mesmo após recuo de Bolsonaro

O Congresso e as centrais sindicais ainda veem fragilidades na MP 927, que iria permitir a empresas a suspensão de quatro meses de salários pagos a funcionários durante a crise do coronavírus. “Quando se faz coisa malfeita, só vai persistindo no erro”, afirmou o líder do PSL no Senado, Major Olímpio (SP).

De acordo com a presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, Simone Tebet (MDB-MS), o recuo afeta a já debilitada imagem do governo na crise. “Este é um governo que está perdido. Já fez um estrago na imagem do governo, na credibilidade da equipe econômica. É um estresse que, em vez de matar o trabalhador na epidemia, vai matar do coração”, disse. Os relatos foram publicados no jornal Folha de S.Paulo.

A líder do Cidadania no Senado, Eliziane Gama (MA), afirmou que apresentará emenda para conceder acesso ao FGTS ao trabalhador que eventualmente tenha uma redução salarial. “Enquanto na maior parte dos países o Estado, o governo, está procurando viabilizar os empregos e manutenção da renda das pessoas, aqui estamos vendo o governo querer proteger as empresas às custas dos trabalhadores. Isso é um desastre”, afirmou o senador Humberto Costa (PT-PE).

Para o líder do PSB na Câmara, deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), a medida ainda traz “flagrantes ataques aos direitos dos trabalhadores”.

As centrais sindicais insistirão na estratégia de pressionar o Congresso a derrubar a proposta imediatamente.

Foto: Agência Câmara

Fonte: Contraf-CUT

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