Santander: novos modelos, velhos métodos

Trabalhadores denunciam assédio moral e consequente adoecimento para cumprimento de metas estabelecidas por gestores e com avaliações baseadas no novo sistema do banco

O novo modelo de metas do Santander está no terceiro mês, mas as velhas práticas nefastas de gestores do banco contra os seus subordinados continuam.  Segundo denúncias de bancários, a pressão pelo cumprimento de metas tem se transformado em casos de assédio moral em série, provocando o adoecimento de trabalhadores.

Criadas para serem semestrais, as cobranças do novo sistema se tornaram mensais. No trato direto, todavia, segundo o bancário do Santander, André Camorozano, elas são diárias.

Segundo Camorozano, há trabalhadores que fecharam com nota A, no primeiro quadrante (Q1), em janeiro, mas que, ao consultarem agora em março o sistema, caíram para a nota C, no quarto quadrante (Q4). Quanto menor o número do quadrante, maior a produtividade.

“Além do gerente geral cobrando os trabalhadores, agora o próprio gerente regional vai pessoalmente assediar aqueles que não estão no primeiro quadrante (Q1) com nota A, ou seja, abaixo das expectativas. Além disso, o próprio regional confere pessoalmente se o gerente da agência ligou para os clientes, o que, além de constrangimento, torna-se uma ameaça, uma atitude explícita de assédio moral”, critica.

“Esse tipo de prática nefasta está levando os já poucos funcionários das agências – há locais com apenas 5 bancários – ao  adoecimento, com casos concretos de trabalhadores passando mal no próprio local de trabalho. O papel do gestor é orientar, e não aborrecer os trabalhadores”, acrescenta Camorozano. 

O dirigente lembra que os bancários que estiverem passando por cobranças abusivas devem procurar o seu Sindicato.

Com informações SP Bancários

Charge: Marcio Baraldi

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