Presidenciáveis de partidos de direta falam em vender bancos públicos

Contrariando interesse da maioria da população, candidatos de partidos de direita defendem a privatização do BB, Caixa e Banrisul.

Não é novidade, mas é preciso estar atento. Mesmo que, segundo as últimas pesquisas de opinião, sete em cada dez brasileiros se oponha à venda de empresas estatais, os candidatos dos partidos de direita já falam abertamente sobre a intenção em privatizar não apenas a Petrobras, mas, também, os bancos e os correios. As duas últimas pesquisas, realizadas pelo Datafolha, apontam um percentual de quase 70% da população rechaçando a venda das empresas nacionais.

Os candidatos da direita brasileira estão em busca de captar os votos da fatia do eleitorado brasileiro que, nos últimos anos, passou a associar os serviços públicos à corrupção. A jogada de marketing político foi muito bem encomendada, nos anos que precederam as eleições de 2018, uma vez que os principais patrocinadores da grande mídia são justamente os bancos privados, possíveis compradores dos bancos públicos.

O discurso enganoso fala em “profissionalização de gestão”, já com a admissão, por parte dos candidatos, de que bancos como a Caixa e o BB estão sendo preparados para a venda, desde o ano passado, quando ocorreu o fechamento de agências e a realocação de funcionários, piorando o atendimento ao público e sobrecarregando os funcionários dos bancos. A ideia é encerrar o compromisso de bancos que sempre cumpriram uma função social junto à população mais carente, com a promoção de políticas de crédito capazes de beneficiar a parcela da população mais carente.

A “visão empreendedora” destes postulantes ao cargo mais alto da Nação foca na abertura de “novos mercados”, ainda mantendo um discurso oportunista e eleitoreiro de que, com as mudanças de gestão e pessoal, no futuro, não estariam em risco a manutenção de programas como: Minha Casa Minha Vida, Fies e Bolsa Família.

A política de diminuição do Estado já tem dado mostras de que não é a melhor saída para a crise financeira do país, isso porque a retirada política de direitos e precarização dos serviços públicos faz parte de um projeto que pretende, apenas, favorecer os interesses do sistema financeiro privado, cujas regras não incluem a fatia da população que necessita de empréstimos a longo prazo e com juros mais baixos para financiar a aquisição de uma casa própria ou mesmo ingressar no ensino superior, com real possibilidade de sair de uma condição precária de prestação de serviços.

Imprensa Seeb Pelotas

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