Comando dos Banrisulenses define estratégias políticas para defender Banrisul de ataques de Sartori

Reunião do Comando também definiu que objetividade e democracia irão pautar o Encontro Nacional dos Banrisulenses do próximo dia 19 de maio.

Na última quarta-feira, dia 09, os membros do Comando Nacional dos Banrisulenses estiveram reunidos na sede da Fetrafi-RS, em Porto Alegre, para debater as estratégias de defesa do Banrisul, em meio aos ataques promovidos pelo governo Sartori. Logo no início do encontro, o assessor parlamentar da Assembleia Legislativa, Gilson Gruginskie, trouxe as informações sobre a tramitação dos projetos que tentam viabilizar a privatização do Banrisul, CEEE, Sul Gás, CRM, Corsan e Procergs. A primeira cartada do governo é o PDL 3/2017, que propõe o plebiscito para a venda das estatais. Para ser votado em plenário é necessário que a pauta seja aprovada na mesa diretora da assembleia, que acontecerá na próxima terça-feira, dia 15. Diante disso, o comando decidiu que irá conversar com os partidos que compõem a mesa para pressioná-los a não levar a matéria ao plenário. Também ficou decidido que a Fetrafi-RS e o SindBancários irão visitar o presidente da Assembleia Legislativa, Marlon Santos (PDT), para debater o tema.

A segunda cartada do governo Sartori é através de um novo Projeto de Lei (PL 69/2018), que precisa ser votado em regime de urgência. O projeto modifica a legislação quanto ao prazo para realizar a consulta popular. Pela lei em vigor, o aval deve ser dado pelo Legislativo até cinco meses antes das eleições. Já a nova jogada do Executivo é ampliar este prazo para 90 dias antes do pleito. De acordo com Gilson, este projeto tranca a pauta da assembleia, o que faz com que ele seja votado a partir do dia 29 de maio. Oficialmente, o governo pretende privatizar a CEEE, Sulgás e CRM, mas esta aprovação abriria a porteira para tentar entregar ao mercado também o Banrisul. Desta forma, o estado poderia aderir ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) proposto pelo governo federal.

Batalha jurídica para reverter venda de ações do Banrisul

Na sequência da reunião, o advogado Alexandre Mayer fez apanhado geral das ações jurídicas que a Fetrafi-RS e o SindBancários estão movendo contra a venda de ações do Banrisul, que, na verdade, é uma privatização disfarçada do banco. De acordo com ele, as operações realizadas nos dias 10 e 27 de abril deste ano estão sob suspeita por falta de transparência. O advogado questionou a relação Banrisul – BTG Pactual (operadora do leilão) e a falta de licitação para realizar a venda de ações do banco. De acordo com o Jornal do Comércio, 65% das ações colocadas à venda foram compradas pelo grupo Brasil Plural, que é composto por ex-sócios do BTG Pactual. “Isso é muito estranho”, questionou o advogado, que disse estar convencido que o Governo está defendo interesses que não são os do banco e do patrimônio do Estado. Dentre as ações jurídicas, já foram entregues ao Ministério Público de Contas (MPC) uma representação pedindo a suspensão da venda de ações por meio da instauração de uma auditoria extraordinária ou uma inspeção especial; e também uma notícia-crime ao procurador-geral de Justiça do Estado, Fabiano Dallazen, que elenca uma série de irregularidades no processo de venda de ações do Banrisul, através dos leilões dos dias 10 e 27 de abril.

Fortalecer o Encontro Nacional dos Banrisulenses deste ano

A reunião do Comando também abordou o Encontro Nacional dos Banrisulenses, que irá acontecer no próximo dia 19 de maio, na sede da Fetrafi-RS, em Porto Alegre. Ficou acordado que o evento será pautado pela objetividade na abordagem de cada tema e pela democracia na tomada de decisões. Também foi consenso que o Banrisul será o centro do debate político por conta da eleição. Os membros do comando destacaram ainda a importância da participação da base para atrair mais banrisulenses para o Encontro do dia 19.

Com informações da Fetrafi-RS

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