Representações dos empregados da Caixa cobram avanços na mesa de negociação
Pelotas realiza ação em defesa do Banrisul
Foi realizada, no sábado (18), no calçadão de Pelotas, uma ação de panfletagem e coleta de assinaturas em defesa do Banrisul público. A ação começou às 10h e estendeu-se durante parte da tarde, com a presença do coordenador da Frente em Defesa dos Bancos Públicos da Assembleia Legislativa, deputado Zé Nunes, a diretora da Fetrafi/RS, Denise Corrêa, e diretores do Sindicato dos Bancários de Pelotas e Região.
O processo de venda do Banrisul, que deve se encerar em dezembro deste ano, foi anunciado pelo governador José Ivo Sartori, no dia 4 de outubro. A intenção do governo é entregar o patrimônio gaúcho para a iniciativa privada. Para tanto, Sartori diz que o Banrisul continuará sob controle público e defende a necessidade de obter recursos para fazer caixa e realizar o pagamento dos servidores em dia.
Embora o governo pretenda arrecadar R$ 3 bilhões, com a venda das ações, agentes do mercado estimam um rendimento entre R$ 1,5 e R$ 2 bilhões. Com o dinheiro da venda, o governo poderá cobrir pouco mais de uma folha salarial dos servidores estaduais. Além disso, o governo ficará com apenas 25,5% das ações totais do banco e 74,5 das ações estarão nas mãos de investimentos privados. Se um banco privado, como o Santander ou o Itaú, comprar estas ações, poderá adquirir outras de pequenos investidores e conquistar a maioria.
Dessa forma, o Banrisul terá de agir como qualquer banco que almeja apenas o lucro e abandona os clientes de menor poder aquisitivo. O impacto será sentido, também, no fechamento de agências em municípios de pequeno e médio porte, encerrar programas de crédito com juros mais baixo para a agricultura familiar, micro e pequenas.