Ato em Pelotas denuncia participação da RBS no ataque aos direitos trabalhistas e perseguição ao ex-presidente Lula

Reunidos em frente à RBS-TV Pelotas, os movimentos sindical e social denunciaram o desmonte da legislação trabalhista e a condenação do ex-presidente Lula (PT), motivada por perseguição política, nesta quinta-feira, dia 20 de julho. Condenado, em primeira instância, pelo juiz Sérgio Moro, a ação judicial consagrou-se como um ato parcial e desmedido, cujo maior interesse é inviabilizar a participação do ex-dirigente sindical nas eleições de 2018.

A diretora do Sindicato, Raquel de Oliveira, lembrou o compromisso histórico dessa empresa de comunicação com as forças políticas responsáveis pelos retrocessos que estão em curso no país. O discurso moralista da emissora, segundo a dirigente sindical, não condiz com as suas práticas, já que está sendo investigada por sonegação de impostos na Operação Zelotes. Para Raquel, “a Rede Globo – e a RBS-TV, a nível local -, desde a sua fundação, tem feito uma campanha midiática intensiva contra os direitos sociais e trabalhistas e, consequentemente, contra governos que representem avanços sociais e se posicionem contrários aos retrocessos da política neoliberal”.

Hoje, no Brasil, só é possível defender a democracia com a saída imediata de Michel Temer (PMDB) da presidência da República, e julgamentos justos e iguais para todos os réus na Operação Lava Jato, mas não é isso que tem acontecido. Os áudios denunciando que Aécio Neves (PSDB) e Temer estão envolvidos em crimes de corrupção passiva, obstrução à Justiça e organização criminosa acabam sendo ignorados pelo Congresso e por parte do poder Judiciário.

A estratégia de “estancar a sangria”, com o impeachment da presidenta Dilma Rousseff (PT), que não está sendo investigada por nenhum crime de enriquecimento ilícito, em meio a tantas provas cabais de parcialidade do poder judiciário e comprometimento do poder Legislativo com o governo, soa como um grande escárnio.

Em meio a esse contexto, os movimentos sociais foram até a RBS-TV para denunciar a participação ativa da emissora tanto na aprovação da legislação trabalhista quanto na blindagem de políticos ligados ao PMDB e ao PSDB. Os ex-funcionários da RBS, hoje na condição de senadores, Lasier Martins (PSD) e Ana Amélia Lemos (PP), votaram a favor da reforma que retira o direito dos trabalhadores e estão alinhados com os interesses privados que ainda sustentam a permanência de Temer na presidência.

Imprensa Seeb Pelotas

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