O principal entrave do governo de Eduardo Leite (PSDB) na Assembleia Legislativa pode ser superado na sessão de hoje. A aprovação dos nomes indicados para a presidência e diretoria do Banrisul, que está na ordem do dia de votação desde o dia 7 desse mês, enfrentava resistência de parlamentares inclusive da base, devido à informação extraoficial de que teriam a remuneração reajustada em mais de 100% . Estudo do comitê de elegibilidade com base nos salários de sete instituições financeiras, entre elas o Banco do Brasil.

A partir desse estudo, apresentou a sugestão de que o salário do presidente fosse de até R$ 128 mil. Leite orientou aos representantes do governo no conselho aprovem reajuste em até 50% da diferença da remuneração atual, que é de R$ 51 mil, para o valor sugerido. Com isso, o salário do presidente passaria para R$ 89,5 mil. Pela mesma lógica, para os salários para os demais diretores, cujos valores poderiam chegar até R$ 104 mil de acordo com o estudo, o governo orienta que seja estabelecido teto de R$ 72 mil. De qualquer maneira, a decisão final caberá ao Conselho de Administração, no qual têm direito a voto representantes dos demais acionistas da instituição financeira.

Cobrando transparência no tratamento desse assunto, a bancada do MDB, maior da Assembleia, retirou o quórum nas últimas três sessões, ajudando a postergar a apreciação da matéria. Depois da reunião de ontem com o governador apresentou a informação técnica de como foi definido o parâmetro para a remuneração dos diretores do Banrisul, a expectativa é de apreciação da proposta na sessão de hoje. “O que saiu sempre foram boatos. O governador foi muito claro, tem uma avaliação e ele definiu por 50% dessa avaliação, entendo que está correto”, relatou o líder da bancada do MDB, Fábio Branco, ao fim da reunião. Ele confirmou que, se não a totalidade dos deputados do seu partido, a maioria votará favorável.

Fonte:  Jornal do Comércio

Foto: Gustavo Mansur / Palácio Piratini