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Rachada, base de Leite retira quórum e adia votação de indicados para o Banrisul

Além de questionar valores, deputados governistas expõem descontentamentos com decisões do Executivo

Deputados aliados não deram quórum e adiaram, mais uma vez, nesta terça-feira, a votação em plenário, na Assembleia Legislativa, das indicações do governador Eduardo Leite (PSDB) para o comando do Banrisul. Um racha na base governista explica o impasse. Apenas seis parlamentares registraram presença durante a verificação de quorum. No Parlamento, o descontentamento é geral em função das quantias a serem pagas à cúpula do banco, inclusive entre as bancadas do PSDB, PP, MDB, PTB e PSL. Em relação à gestão anterior, os valores crescem mais de 100%.

Para o presidente, o vencimento pode saltar de R$ 51 mil para R$ 123 mil. Para os cinco diretores, o projeto prevê que o salário aumente de R$ 40 mil para R$ 90 mil. O valor exato não é conhecido, mas estimado pelos parlamentares. A Comissão de Finanças, Planejamento e Controle da Assembleia já avalizou as indicações, mas elas ainda dependem do crivo dos deputados em plenário.

Colega de partido do governador, o deputado Pedro Pereira (PSDB) criticou os salários acordados pelo Executivo para os futuros gestores. “É uma piada, uma afronta. É um tapa, um murro na cara de quem trabalha ganhando mil reais. Dizem ainda que eles vão ter direito a moradia e até a passagem aérea”, disparou.

O deputado apresentou emenda determinado que os salários permaneçam nos mesmos patamares e sejam reajustados apenas pela inflação, anualmente. O banco se limita a confirmar que elevou, de R$ 15 milhões para R$ 20 milhões, os gastos para o pagamento da folha em 2019. Tradicionalmente, a Assembleia sempre referendou as indicações para o Banrisul, mas as atuais discussões trazem ineditismo para o debate.

Nos bastidores, o descontentamento da base aliada também leva em conta o suposto caráter centralizador de Leite para tomar decisões, desautorizando a Casa Civil e demorando para anunciar nomeações.

Na esteira da polêmica sobre salários, a oposição também adverte que parte dos indicados vem de um histórico de defesa de privatizações, no Rio de Janeiro. Na Comissão de Finanças, o PT sugeriu votar os nomes individualmente em plenário, mas não obteve sucesso. Luciana Genro (PSol) também havia apresentado requerimento para votar nome por nome, em plenário, mas hoje protocolou substitutivo determinando que o do economista carioca Coutinho Mendes, indicado a presidente, seja votado em separado, com os demais em bloco.

Para as diretorias da instituição, foram indicados Osvaldo Lobo Pires (diretor de crédito), Raquel Santos Carneiro (diretora jurídica), que já atuaram ao lado de Coutinho no RJ, além de Marcos Vinícius Feijó Staffen (diretor financeiro), Claise Muller Rauber (diretora da área de risco) e Fernando Postal (diretor comercial).

Fonte: Rádio Guaíba
Foto: Guerreiro | Agência ALRS

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