Megaevento com dinheiro público debate desmonte da Caixa

Em contrapartida, o banco vai promover uma reunião com mais de 6 mil gestores no Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília (DF), na quarta-feira (16). Os custos do encontro não foram revelados, mas só o aluguel do local do evento, é uma fortuna. Para deixar mais claro que o desmonte da empresa é o pano de fundo do encontro, o presidente Michel Temer é o “convidado especial” da solenidade.

“Os trabalhadores da Caixa, representados pelas mais diversas entidades, repudiam este evento. É inadmissível debater medidas que significam o enfraquecimento da Caixa fazê-lo em um megaevento financiado com dinheiro público. Chega a ser deboche com os empregados”, declarou Dionísio Reis, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE-Caixa).

A convocação dos gerentes de todo o país, com obrigatoriedade de presença ou justificativa de ausência, traz as frases “Em campo pelo Brasil” e “Todo um país vibrando por você”. “Um evento desse porte, com altíssimo custo feito de última hora num momento que a própria empresa lança um Programa de Eficiência dizendo que necessita contar custos é no mínimo incoerente. Além disso, o evento exclui a grande maioria dos empregados, o que é lamentável. Quanto às metas, tenho medo do que será divulgado e cobrado desses colegas, o que consequentemente vai acarretar em mais adoecimento de todo o corpo funcional da empresa”, afirmou Fabiana Uehara Proscholdt, secretária de Cultura da Contraf-CUT.

“A Caixa 100% pública e social não está em jogo. É fundamental que entidades, empregados e sociedade se unam ainda mais para reafirmarem que não abrem mão do banco como parceiro estratégico na execução de políticas públicas. E, no que tange aos bancários e bancárias, uma Caixa que respeite os milhares de trabalhadores que se dedicam diariamente a construir uma empresa serviço dos brasileiros, em especial dos mais carentes”, completou.

Questionada, a direção da Caixa declarou que o evento visa “cobrar mais resultados dos empregados”. Algo igualmente inaceitável. Sobretudo, num momento em que empregados da Caixa estão cada dia mais sobrecarregados e adoecendo, enfrentando a piora das condições de trabalho, descomissionamentos arbitrários, assédio moral, entre outros problemas.

Fonte: Contraf-CUT

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