Estudo para abertura de capital da Banrisul Cartões mira na privatização

Nessa sexta-feira, dia 23, o Banrisul informou que, a diretoria do banco está estudando abrir o capital da Banrisul Cartões. Ajustificativa fica por conta dos recentes resultados financeiros da controlada Banrisul Cartões e o potencial de crescimento do segmento de meios de pagamentos.

Essa operação seria realizada por meio de uma oferta pública inicial de distribuição de ações preferenciais, primária e/ou secundária, com listagem dessas ações no segmento diferenciado de governança corporativa “Nível 1” da B3 – Brasil, Bolsa, Balcão, segundo informações da Finance Times.

Conforme lembra Rafael Silva, que é diretor do Sindicato e funcionário do Banrisul, desde que foi proposta, pela primeira vez, no governo Tarso (PT), a criação das duas subsidiárias – a de cartões e a de seguros – muitos dirigente alertavam que essa seria uma forma de privatização disfarçada do banco. Ele explica, ainda, que, naquele período não foi possível concretizar a negociação, mas, no governo Sartori (PMDB), elas efetivamente foram criadas, já pensando na privatização.

“Se for vendido o ativo mais valioso – os cartões – o banco ficará mais fragilizado. Banricompras e máquina de cartões valem muito dinheiro, talvez até mais do que o banco”, explica Rafael. Ele ressalta que não pararia por aí, uma vez que, se forem vendidas as ações do banco, serão fechadas as agências não lucrativas, de cidades pequenas. “Para os funcionários pode ter perda de direitos, uma vez que o banco tem alguns benefícios, como vale alimentação maior, PLR Banrisul, Abono Assiduidade (ABA), entre outros, que o mercado não paga”, alerta o dirigente.

Imprensa Seeb Pelotas

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