Diretoria do Banrisul começa reestruturação com projeto de fechamento de agências

O Banrisul está dando os sinais claros de que vai seguir o mesmo caminho que Banco do Brasil e Caixa Federal já vêm trilhando: aplicar a cartilha neoliberal e privatista que vimos nos anos 90 para diminuir o tamanho da mais importante instituição pública do Rio Grande do Sul.

O projeto, feito sem nenhum debate, sem avisar os colegas, sem transparência, prevê, até o momento, o fechamento de nove agências fora do Estado, até fevereiro de 2018. O início da reestruturação teria ocorrido após reuniões na Superintendência Outro Estados, em que o fechamento de agência foi anunciado. Esse primeiro passo já tem data prevista de encerramento das atividades para pelo menos três delas. Para piorar, o banco já prepara um Plano de Demissão Voluntária (PDV) para reduzir o quadro.

Com o início do processo de reestruturação, o banco poderá ficar com apenas quatro agências acima de Santa Catarina: Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e Curitiba. O SindBancários repudia a abertura deste processo de reestruturação e vai mobilizar os Banrisulenses para lutar contra o desmonte do banco. O primeiro passo do Sindicato é cobrar oficialmente esclarecimentos da diretoria do Banrisul.

Confira as agências que serão fechadas

Recife – 15/12/17

Salvador – 15/01/18

Fortaleza – 15/02/18

Belo Horizonte – Sem data definida

Cascavel (PR) – Sem data definida.

Fusão de agências

Em outubro, das três agências do Rio de Janeiro, apenas uma permanecerá aberta. Das três que funcionam em São Paulo, também só restará uma.

Como vai ficar o Banrisul fora do RS

Com apenas quatro agências (Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e Curitiba).

A diretoria do Banrisul está chamando o processo de fechamento de agências de “unificação”. Uma das questões que o SindBancários irá cobrar do banco é quanto ao destino dos colegas que trabalham nas agências que frecharão. É sabido que não há vagas para novos colegas nas agências do Rio e em São Paulo. Como agências de Santa Catarina estão fechadas, o Sindicato irá cobrar garantias de que os bancários não percam seus direitos como remunerações variadas e seus cargos.

A diretora de Cultura do SindBancários e funcionária do Banrisul, Ana Guimaraens, alerta para a perda de importantes clientes do banco nesses estados. “É um absurdo. O que vão fazer com os clientes? Entregar de mão beijada para a concorrência? A política entreguista não tem respeito com o patrimônio público”, afirmou.

Reestruturação e privatização

O Banrisul correr risco de ser privatizado. Em 22 de março, os Banrisulenses lotaram o Teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa e conseguiram, pressionando os deputados estaduais, ajudar a criar a Frente Parlamentar em Defesa do Banrisul Público.

Em junho passado, no entanto, a privatização ou federalização do Banrisul deu mais um passo, quando o deputado Marcel Van Hatten (PP), ingressou com duas emendas para incluir o Banrisul no plebiscito de venda programado pelo governo do Estado para outubro do ano que vem.

A reestruturação implantada está diretamente ligada à estratégia de Satori de entregar o Banrisul para ingressar no Regime de Recuperação Fiscal do governo Temer. O problema é que o Regime de Recuperação Fiscal prevê moratória de três anos de pagamento da dívida com a União e o aumento do estoque da dívida, que passaria de R$ 50 bilhões para R$ 80 bilhões por conta dos juros bancários, deixando a conta de ficar três anos sem pagar a dívida nas costas do povo gaúcho. Portanto, vender o Banrisul não ajuda em nada a tão falada crise fiscal do Estado.

 

Fonte: Imprensa SindBancários

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